O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu que a Ucrânia não possui o poderio militar necessário para retomar a Crimeia pela força, mas pediu à comunidade internacional a manter a pressão sobre a Rússia, que ocupa ilegalmente a península desde 2014.
“Concordo com o presidente (Donald) Trump que a Ucrânia não possui armas suficientes para retomar o controle da península da Crimeia pela força das armas”, disse Zelensky em uma reunião nesta sexta-feira (25).
“Mas o mundo tem oportunidades de sanções, outras pressões econômicas, pressões diplomáticas para falar sobre isso, para discutir questões territoriais”, continuou o ucraniano, “mas somente após um cessar-fogo completo e incondicional. Esta é a nossa visão.”
Na semana passada, a Casa Branca revelou uma estrutura de tratado que dependia do reconhecimento, pelos EUA, do controle russo sobre a Crimeia e sobre outros territórios ucranianos ocupados desde o início da invasão em 2022, de acordo com uma autoridade familiarizada com a estrutura.
Trump disse à revista Time nesta sexta-feira que “a Crimeia permanecerá com a Rússia. E Zelensky entende isso, e todos entendem que está com eles há muito tempo.”
O presidente ucraniano reiterou que a Constituição da Ucrânia o impede de legitimar a anexação ilegal da Crimeia pela Rússia em 2014.
“Nossa posição não pode contradizer a Constituição da Ucrânia”, disse Zelensky. “Este [território] não é minha propriedade. É propriedade do povo ucraniano.”
Zelensky também disse nesta sexta-feira que viajará ao Vaticano para o funeral do papa se conseguir chegar a tempo após inúmeras reuniões relacionadas à guerra.
Independentemente disso, a primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, e o ministro das Relações Exteriores, Andrii Sybiha, representarão a Ucrânia lá.
“Se eu não tiver tempo (para ir ao Vaticano), a Ucrânia estará representada em um nível decente. O ministro das Relações Exteriores e a primeira-dama estarão lá”, afirmou Zelensky na reunião.
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