
Após o funeral do papa Francisco, marcado para o próximo sábado, 135 cardeais vão se reunir para o conclave, que deve ocorrer em até três semanas. O ritual para a escolha do novo pontífice é secreto e os votantes ficam em isolamento do mundo exterior, sem acesso a nenhum tipo de informação ou meio de comunicação, até que haja uma definição.
Em entrevista ao programa Ponto de Vista, de VEJA, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM), Dom Jaime Spengler, disse que o processo para a escolha do novo pontífice ainda precisa ser amadurecido.
‘Precisamos, nesse tempo que temos pela frente antes do conclave propriamente dito, nos conhecer melhor. Conhecer a personalidade, o jeito de ser, onde cada um trabalha, como desenvolve a sua missão. Pra isso, eu creio que temos uns dias pela frente e faço votos que sejam bem aproveitados para que a escolha, quando realmente for feita, reflita o desafio do tempo presente’, disse.
O cardeal, que também pode ser escolhido como o novo papa, defende o diálogo com os mais jovens como a principal meta para o avanço da evangelização mundial para que a igreja não perca espaço e relevância.
‘O nosso grande desafio da igreja é responder a essa lógica mental que é outra, influenciada pelas novas tecnologias, como encontrar uma linguagem adequada, uma metodologia apropriada, para propor a mensagem de forma integral às novas gerações. Eu creio que esse seja o desafio maior da comunidade eclesial. Não se trata simplesmente de apresentar uma doutrina, a igreja é formada de discípulos dispostos a cultivar a vida comunitária’, ressalta.
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