19 de abril de 2025

Macron anuncia que França reconhecerá Estado da Pa…

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quarta-feira, 9, que o país planeja reconhecer o Estado da Palestina em junho, ao passo que apelou para que nações do Oriente Médio aceitem o Estado de Israel. Em entrevista à emissora francesa France 5, ele afirmou que a decisão não busca “agradar a ninguém” e que fará “isso porque em algum momento será o certo”.

“E porque também quero participar de uma dinâmica coletiva que também deve permitir que aqueles que defendem a Palestina reconheçam Israel, algo que muitos deles não estão fazendo”, acrescentou ele.

A resolução 181 das Nações Unidas, emitida em 1947, já previa a criação da Palestina e de Israel. No entanto, o Estado israelense progressivamente invadiu territórios definidos como palestinos pela ONU, levando à eclosão de uma série de conflitos regionais. Por sua vez, lideranças árabes nunca reconheceram a resolução e, como consequência, muito menos a fundação de Israel.

Hoje, quase 150 países reconhecem o Estado da Palestina. Entre eles, estão Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Suécia, Polônia, Irlanda, Rússia, Ucrânia e China. Em meio à guerra entre Israel e Hamas, outras nove nações reconheceram no ano passado: Armênia, Eslovênia, Irlanda, Noruega, Espanha, Bahamas, Trinidad e Tobago, Jamaica e Barbados.

+ Ataque israelense contra prédio residencial em Gaza mata ao menos 29 pessoas

Operações em Gaza

A declaração de Macron ocorre em meio à ampliação das operações das Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza. Na semana passada, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que os soldados estavam “tomando territórios” e que planeja “dividir” o enclave palestino através de um novo corredor de segurança, definido por ele como “rota Morag”, que separará cidades ao sul.

Ainda nesta quarta, ao menos 29 palestinos, incluindo crianças, foram mortos por um ataque aéreo israelense a um prédio residencial de vários andares no bairro de Shejaia, na Cidade de Gaza, informaram autoridades de saúde locais. Segundo as autoridades de saúde, oito crianças estavam entre os mortos e mais de 60 pessoas ficaram feridas. Acredita-se que muitas pessoas ainda estejam desaparecidas e presas sob os escombros do prédio.

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