19 de abril de 2025

Em meio à guerra comercial, aliados leais de Trump…

Aliados fiéis do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passaram a criticar o tarifaço que mirou uma série de países, da China a uma ilha habitada apenas por pinguins. Na semana passada, o republicano anunciou tarifas recíprocas, em maior e menor grau, a nações que cobram impostos de produtos americanos e que, segundo ele, tiram vantagem do comércio dos EUA. Agora, em meio à instabilidade no mercado global e retaliações, parceiros de Trump levantam questionamentos sobre as controversas taxas.

Pouco após o anúncio das tarifas, o magnata Elon Musk se mostrou cético sobre a decisão do governo americano. Segundo o bilionário, os novos impostos aumentarão os custos da Tesla, empresa de veículos elétricos da qual é dono. Ele defendeu uma proposta de “zero a zero” entre os EUA e a União Europeia (UE). Na Europa, a venda de carros da Tesla despenca progressivamente.

“Espero que haja um acordo de que tanto a Europa quanto os Estados Unidos devem se mover idealmente, na minha opinião, para uma situação de tarifa zero, criando efetivamente uma zona de livre-comércio entre a Europa e a América do Norte”, disse Musk em uma videoconferência com políticos italianos.

Frente ao tom crítico de Musk, o consultor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, declarou que o empresário “não entende” a situação. Em resposta, o magnata chamou Navarro de “verdadeiramente um idiota” e de “mais burro que um saco de tijolos”.

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O comentarista conservador Ben Shapiro destacou que as taxas de Trump são “contraditórias”, aumentando o tom das críticas: “Acho que a forma como o plano tarifário foi implementado é a pior implementação que você poderia fazer”. Mais tarde, Shapiro afirmou que “a ideia de que isso é inerentemente bom e torna a economia americana forte é equivocada”.

O diretor de fundos de hedge pró-Trump Bill Ackman afirmou que os EUA estão “caminhando para um inverno nuclear econômico autoinduzido” e comparou o tarifaço a uma “guerra nuclear econômica”. Ele também definiu o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, como “indiferente ao mercado de ações e à economia em colapso”, mas pediu desculpas mais tarde. De todo modo, disse estar “frustrado”.

“Estou simplesmente frustrado ao ver o que acredito ser um grande erro político acontecer depois que nosso país e o presidente fizeram um enorme progresso econômico que agora está em risco devido às tarifas”, escreveu ele no X, antigo Twitter.

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