Aliados fiéis do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passaram a criticar o tarifaço que mirou uma série de países, da China a uma ilha habitada apenas por pinguins. Na semana passada, o republicano anunciou tarifas recíprocas, em maior e menor grau, a nações que cobram impostos de produtos americanos e que, segundo ele, tiram vantagem do comércio dos EUA. Agora, em meio à instabilidade no mercado global e retaliações, parceiros de Trump levantam questionamentos sobre as controversas taxas.
Pouco após o anúncio das tarifas, o magnata Elon Musk se mostrou cético sobre a decisão do governo americano. Segundo o bilionário, os novos impostos aumentarão os custos da Tesla, empresa de veículos elétricos da qual é dono. Ele defendeu uma proposta de “zero a zero” entre os EUA e a União Europeia (UE). Na Europa, a venda de carros da Tesla despenca progressivamente.
“Espero que haja um acordo de que tanto a Europa quanto os Estados Unidos devem se mover idealmente, na minha opinião, para uma situação de tarifa zero, criando efetivamente uma zona de livre-comércio entre a Europa e a América do Norte”, disse Musk em uma videoconferência com políticos italianos.
Frente ao tom crítico de Musk, o consultor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, declarou que o empresário “não entende” a situação. Em resposta, o magnata chamou Navarro de “verdadeiramente um idiota” e de “mais burro que um saco de tijolos”.
+ Trump diz que líderes mundiais estão ‘puxando saco’ para negociar tarifaço
O comentarista conservador Ben Shapiro destacou que as taxas de Trump são “contraditórias”, aumentando o tom das críticas: “Acho que a forma como o plano tarifário foi implementado é a pior implementação que você poderia fazer”. Mais tarde, Shapiro afirmou que “a ideia de que isso é inerentemente bom e torna a economia americana forte é equivocada”.
O diretor de fundos de hedge pró-Trump Bill Ackman afirmou que os EUA estão “caminhando para um inverno nuclear econômico autoinduzido” e comparou o tarifaço a uma “guerra nuclear econômica”. Ele também definiu o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, como “indiferente ao mercado de ações e à economia em colapso”, mas pediu desculpas mais tarde. De todo modo, disse estar “frustrado”.
“Estou simplesmente frustrado ao ver o que acredito ser um grande erro político acontecer depois que nosso país e o presidente fizeram um enorme progresso econômico que agora está em risco devido às tarifas”, escreveu ele no X, antigo Twitter.
More Stories
Governo dos EUA lança site que defende teoria da c…
Como imprensa britânica põe Meghan Markle como ‘vi…
Governo Trump já revogou mais de mil vistos de est…