Prótese cardíaca com o dobro de durabilidade é implantada pela 1ª vez em MS

Uma cirurgia minimamente invasiva realizada nesta sexta-feira (4) no Hospital Cassems de Campo Grande marcou o início de uma nova era no tratamento da estenose aórtica em Mato Grosso do Sul. O procedimento foi feito por via percutânea, pela artéria femoral, para implante da prótese Edwards Sapien Resilia, é a mais moderna atualmente, chegou há 20 dias no Brasil e já estamos conseguindo fazer esse implante aqui em Campo Grande.

De acordo com o Dr. Diego Silveira da Costa, médico hemodinamicista e cardiologista intervencionista responsável pela cirurgia, a novidade representa um avanço significativo para pacientes de alto risco que não podem ser submetidos à cirurgia cardíaca convencional.

“Essa prótese não substitui a cirurgia cardíaca, mas amplia as possibilidades de tratamento para quem, antes, tinha poucas alternativas. Ela tem o mesmo material e funcionamento das próteses usadas em cirurgias abertas, com tecnologia que garante maior longevidade”, explica o médico.

A paciente beneficiada pela nova tecnologia tem 56 anos e deve receber alta já neste sábado (5), menos de 24 horas após o procedimento, um sinal claro da recuperação mais rápida e segura proporcionada pela abordagem minimamente invasiva.

Desde 2016, o Hospital Cassems de Campo Grande já realizou mais de 100 implantes valvares com técnicas minimamente invasivas. Agora, com a chegada da nova prótese, o hospital consolida ainda mais sua posição de referência em intervenções cardíacas estruturais no estado de Mato Grosso do Sul.

“É um marco. Há 20 anos essa técnica foi criada para atender quem não tinha chance cirúrgica. Hoje, com essa nova geração de prótese, podemos oferecer qualidade e segurança para um número ainda maior de pacientes. Cassems está entre os hospitais pioneiros do Brasil a utilizar essa tecnologia”, destaca Dr. Diego Silveira da Costa .

O que é a estenose aórtica?

A estenose aórtica é uma condição em que a válvula aórtica do coração se estreita, dificultando a passagem do sangue e exigindo mais esforço do coração para bombear. É uma doença progressiva, que pode causar cansaço, dor no peito e, em casos graves, levar à morte súbita se não for tratada. O tratamento definitivo, em muitos casos, é a substituição da válvula, seja por cirurgia aberta ou por implante transcateter, como no caso realizado hoje.

Segundo Dr. Diego Silveira da Costa , a nova prótese abre portas para atender pacientes mais jovens e expandir o acesso ao tratamento de forma menos agressiva. “Com essa tecnologia, podemos sonhar mais longe. Estamos vivendo uma nova fase da cardiologia intervencionista”, afirma.

O procedimento bem-sucedido e o curto tempo de internação são motivos de comemoração para a equipe e um alívio para o paciente e seus familiares. “É gratificante ver que podemos oferecer o que há de melhor no mundo, aqui mesmo em Campo Grande”, finaliza o cardiologista.

Saiba mais em www.cassems.com.br