Durante sua visita a Paris para uma cúpula sobre a guerra na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky reacendeu especulações sobre a saúde do presidente russo, Vladimir Putin, de 72 anos. “Ele vai morrer logo, isso é um fato, e então tudo chegará ao fim”, declarou a jornalistas da Eurovision News na noite de quarta-feira, 26, após um encontro com o líder francês, Emmanuel Macron.
A declaração, embora feita sem evidências concretas, revive teorias que circulam desde o início da guerra e que foram amplamente divulgadas pela imprensa americana. Em 2022, serviços de inteligência ocidentais sugeriram que o presidente russo enfrenta uma doença grave, possivelmente um câncer. Moscou sempre negou as especulações, classificando-as como desinformação.
+ Chanceler russo nega rumores sobre suposta doença grave de Putin
A fala do presidente ucraniano ocorre em um momento delicado das negociações entre Rússia e Ucrânia. Sob mediação dos Estados Unidos, ambos os países concordaram em um cessar-fogo parcial, limitando ataques contra infraestrutura energética e operações militares no Mar Negro. Em troca, Washington flexibilizou sanções econômicas à Rússia, ampliando seu acesso ao comércio global – um movimento criticado por Zelensky.
“O mais importante é que os Estados Unidos e seus aliados não permitam que Putin saia do isolamento global”, alertou o ucraniano, argumentando que o líder russo não pretende parar na Ucrânia e pode, no futuro, entrar em confronto direto com o Ocidente.
Além de abordar a guerra, o presidente ucraniano não poupou críticas ao enviado especial dos Estados Unidos para a cúpula na França, Steve Witkoff, que recentemente fez declarações vistas como alinhadas ao Kremlin. Segundo Zelensky, essa postura pode enfraquecer a pressão internacional sobre Moscou e prolongar o conflito.
No encontro com Emmanuel Macron, Zelensky reforçou a necessidade de manter a Ucrânia alinhada ao Ocidente e destacou que a Otan é “a única garantia real de segurança” para seu país. Ele também criticou a postura do chamado “Sul Global”, grupo de países que inclui o Brasil. “Eles não isolaram Putin, continuaram a dialogar com ele e, de certa forma, acabaram ajudando”, afirmou.
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