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Solitários na multidão digital
Pesquisadores do MIT Media Lab e da OpenAI analisaram quase 40 milhões de interações com o ChatGPT e notaram um padrão curioso: os usuários mais engajados emocionalmente com a IA tendem a ser mais solitários e dependentes dela. Em um segundo estudo, com quase mil participantes, os mais assíduos – top 10% em tempo de uso – relataram níveis maiores de solidão e menor engajamento social offline.
A coisa fica mais tensa com o uso por voz. Quem usou o chatbot em um gênero diferente do seu relatou mais dependência emocional e solidão após quatro semanas. Mulheres, em especial, mostraram uma leve queda na socialização em comparação aos homens. Embora esses dados ainda sejam preliminares, levantam um alerta sobre o impacto da IA na vida real de mais de 400 milhões de usuários semanais.
Para especialistas, estamos mexendo com o emocional humano como quem faz uma cirurgia no escuro. Chatbots podem, sim, oferecer apoio emocional — especialmente a quem se sente isolado —, mas exigem cuidado na forma como são integrados ao cotidiano. Afinal, estamos conversando com máquinas que respondem como humanos – e o cérebro acredita.
ChatGPT agora desenha o que você imaginar
A OpenAI deu um upgrade de peso no ChatGPT: agora, o chatbot gera imagens com base em comandos detalhados — de quadrinhos com falas a cartazes com fontes específicas. A novidade vem do GPT-4o, modelo multimodal que combina texto, voz, imagem e até vídeo numa única arquitetura. Diferente do DALL·E 3, o novo sistema integra tudo em tempo real, permitindo ajustes em conversa e mantendo coerência visual entre imagens geradas.
Usuários já relatam imagens “insanamente boas”, com textos precisos, múltiplos objetos bem posicionados e estilos variados — do realismo ao traço cartunesco. Tudo isso está liberado para usuários gratuitos e pagantes (Plus, Pro e Team), e em breve para empresas e via API. A ferramenta também foi integrada ao Sora, plataforma de geração de vídeos da OpenAI, ampliando ainda mais as possibilidades criativas.
Apesar do entusiasmo, surgem questões éticas: o modelo foi treinado com dados visuais ainda não divulgados, e é provável que inclua obras com direitos autorais. Para mitigar abusos, imagens vêm com metadados C2PA e filtros contra conteúdos nocivos. Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, esse é um “novo marco na liberdade criativa” — mas, como sempre, com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.
Wellhub compra rival e dobra
A brasileira Wellhub (ex-Gympass) acaba de adquirir a alemã Urban Sports Club, sua principal concorrente no mercado de bem-estar corporativo europeu. O valor da transação — que combina dinheiro e ações — não foi revelado, mas o impacto é significativo: a base de clientes corporativos da Wellhub deve crescer mais de 50%, chegando a 34,5 mil empresas atendidas e 83 mil parceiros de bem-estar, como academias e plataformas digitais.
A Urban, presente em sete países da Europa, trará à Wellhub cerca de 12 mil novos clientes B2B e 18 mil parceiros de fitness. A integração das redes deve facilitar a oferta de planos flexíveis de saúde para empresas em mercados estratégicos. A operação, que ainda precisa passar por aprovação regulatória, manterá o foco B2B sob a marca Wellhub, enquanto a Urban seguirá com a operação B2C, voltada ao consumidor final.
Com presença em 12 países e valuation de US$ 2,4 bilhões em 2023, a Wellhub reforça sua ambição global — especialmente no segmento corporativo, seu principal motor de crescimento. Os cofundadores da Urban, Moritz Kreppel e Benjamin Roth, se juntarão à liderança global da empresa. “A união estratégica impulsiona o engajamento e a produtividade ao oferecer bem-estar com escala e personalização”, destacou o CEO Cesar Carvalho.
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