26 de março de 2025

Projeto de Lei torna laudo de autismo permanente em Campo Grande

O Projeto de Lei 9.953/21 ainda precisa passar por votação em Plenário para análise do mérito

Projeto que torna laudo de autismo permanente avança na Câmara
Vereadores de Campo Grande durante sessão ordinária no plenário Olivia Enciso (Foto: Izaias Medeiros).

Os vereadores de Campo Grande deram parecer favorável, na sessão ordinária desta terça-feira (25), ao Projeto de Lei 9.953/21, que propõe validade indeterminada para laudos médicos periciais que atestam o TEA (Transtorno do Espectro Autista). A proposta ainda precisa passar por votação em Plenário para análise do mérito.

Os vereadores de Campo Grande aprovaram a legalidade do Projeto de Lei 9.953/21, que propõe validade indeterminada para laudos médicos de TEA (Transtorno do Espectro Autista). O projeto, de autoria do vereador Papy, ainda precisa ser votado em Plenário. A proposta visa facilitar a vida das famílias, eliminando a necessidade de renovação anual dos laudos. Inicialmente, a CCJR havia emitido parecer contrário, mas o projeto segue em tramitação. Em nível estadual, já existe uma lei similar. Outros projetos também tiveram tramitação garantida na sessão.

O projeto, de autoria do vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), atual presidente da Câmara Municipal, teve sua legalidade aprovada o que garante a continuidade da tramitação. Na justificativa, argumenta-se que o autismo é uma condição permanente, tornando desnecessária a exigência de renovação do laudo.

“O autismo é uma condição permanente e dá um trabalho enorme para as famílias, principalmente as mais carentes, de todo ano ter que procurar o neurologista, os médicos, para conseguir um novo laudo para seus filhos”, afirmou Papy.

Quando o projeto foi protocolado, em 2021, a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) emitiu parecer contrário, seguindo orientação da Procuradoria Legislativa Municipal, sob o argumento de que a definição do prazo de validade do laudo seria competência exclusiva do Executivo.

Além disso, o parecer havia destacado que a emissão de laudos médicos segue normas do CFM (Conselho Federal de Medicina), que não podem ser alteradas por legislação municipal.

Apesar disso, Papy reforçou que a proposta busca atender à necessidade das famílias. Importante mencionar que, em nível estadual, a Lei 242/2022 já concede validade indeterminada a laudos que atestam deficiências permanentes.

Já o vereador Otávio Trad (PSD), único a votar contra, argumentou que a proposta apresenta um “vício de iniciativa”. “Entendo que, do ponto de vista municipal, não poderíamos legislar sobre essa questão. Embora seja relevante, trata-se de um tema que deve ser discutido em âmbito nacional”, afirmou.

Durante a discussão, a proposta também recebeu assinaturas dos vereadores Dr. Victor Rocha (PSDB), Professor Juari (PSDB), Herculano Borges (Republicanos) e Ronilço Guerreiro (Podemos).

Outros pareceres – Na sessão, os vereadores também votaram recursos a mais dois pareceres da CCJR. O Projeto de Lei 10.696/22, que obriga a exibição de vídeos e áudios educativos na abertura de shows musicais e eventos culturais em Campo Grande, teve a tramitação mantida. A proposta é do vereador Ronilço Guerreiro.

Além disso, foi garantida a continuidade da tramitação do Projeto de Lei 11.367/24, que inclui o profissional médico veterinário nas equipes multiprofissionais da Atenção Primária à Saúde (eMulti) em Campo Grande, conforme portaria do Ministério da Saúde. A proposta é da vereadora Luiza Ribeiro (PT), com assinatura também do vereador Veterinário Francisco (União Brasil).

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