
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 19, a suspensão de aproximadamente US$ 175 milhões em financiamento federal para a Universidade da Pensilvânia, alegando que a instituição “força mulheres a competirem contra homens nos esportes”.
O corte de financiamento está alinhado com um decreto assinado por Trump em fevereiro que proíbe a participação de atletas transgênero em esportes femininos, uma de suas principais promessas de campanha. A suspensão ocorre três anos após Lia Thomas, mulher trans e ex-nadadora da “Penn”, vencer o título da NCAA (Associação Atlética Universitária Nacional) nos 500 metros livre – uma conquista que gerou intensos debates sobre equidade nas competições femininas.
Essa é a segunda grande ação do governo Trump contra universidades do grupo de prestígio Ivy League em um curto período. No início do mês, a administração congelou US$ 400 milhões em contratos e bolsas da Universidade Columbia, condicionando o restabelecimento dos recursos a mudanças em suas políticas acadêmicas e administrativas.
Em nota, a Universidade da Pensilvânia afirmou que está ciente do caso, mas que ainda não recebeu nenhuma notificação oficial da Casa Branca sobre a suspensão do financiamento. A instituição destacou que segue “em total conformidade com os regulamentos aplicáveis” da Associação Atlética Universitária Nacional e da Ivy League, reforçando que sua política esportiva não difere da adotada por outras universidades de elite.
O caso de Lia Thomas continua sendo um dos principais pontos de embate na discussão sobre inclusão trans no esporte. Em 2022, uma carta anônima assinada por mais de uma dúzia de nadadoras da Penn foi enviada à Ivy League e à universidade, alegando que a presença de Thomas na equipe representava “uma vantagem injusta na categoria feminina”.
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