A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carmén Lúcia, participou do evento em celebração aos 40 anos da redemocratização do Brasil, que foi realizado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), neste sábado (15).
A ministra falou sobre processo do fim da ditadura no país: “Cada dia é um dia de recomeço”. Ela também citou a importância de se proteger a democracia.
“A democracia nunca está fora de eventuais tentativas de ser derrubada e fragilizada. Tiranos existem em todos os lugares e em todos os tempos”, afirmou Carmen Lúcia.
A ministra também citou o fato dos mais jovens não conhecerem os riscos de um regime autoritário.
“É bom que a gente fique atento a isso, porque a geração que me sucede não viveu as agulhas de um momento autoritário, de você não ser livre. De você se esconder para ler um decreto de um governo”, indagou.
“Uma sociedade em que se mata uma mulher por ser mulher a cada 6 horas não é uma democracia plena porque não há democracia de desiguais, de pessoas que se comportam como se fossem menos do que as outras. Não só mulheres, os negros, os indígenas. É preciso que isso seja superado. 40 anos não é pouco tempo.”
O evento também contou com a participação do escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro “Ainda Estou Aqui”, que narra a história de sua família após o desaparecimento de seu pai, o ex-deputado federal Rubens Paiva, pela ditadura, na década de 1970.
O livro deu origem ao filme que ganhou, na edição deste ano do Oscar, o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro – a primeira conquista da história do Brasil na premiação.
Em meio à repercussão do filme, o STF decidiu que vai levar à julgamento no plenário uma revisão na Lei da Anistia que permitiria que crimes permanentes – como ocultação de cadáver, como ocorreu com Rubens Paiva, que jamais teve seu corpo localizado – podem render punições a militares envolvidos nos crimes.
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