
A Justiça Estadual condenou Fabiano Alves Capelaxio, de 35 anos, Erik Henrique da Silva de Jesus, de 21 anos, Ryan Lucas Teixeira Salustriano, de 19 anos, Rafael Kennedy da Silva Alves, de 19 anos, e João Pedro Leôncio de Lima, de 19 anos, pelo assassinato do adolescente de 17 anos, ocorrido em janeiro de 2024, em Deodápolis. O júri popular ocorreu nesta sexta-feira (14), em Dourados. A vítima foi acusada falsamente de estupro e brutalmente morta com facadas no pescoço.
Conforme a decisão, Fabiano foi condenado a 22 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado por homicídio triplamente qualificado. Já Erik foi condenado a 25 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão. Ryan recebeu 22 anos e 9 meses de reclusão enquanto Rafael e João Pedro foram condenados a 17 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, respectivamente.
Além das penas, os réus deverão pagar uma indenização de R$ 50 mil à família da vítima, sem prejuízo de possíveis ações cíveis por um valor maior. Os condenados ainda possuem o direito de recorrer.
O crime ocorreu após o pai de uma jovem de 14 anos, Fabiano, ouvir, em uma mesa de bar, que o adolescente havia “ficado” com a filha dele. “Inconformado com o suposto relacionamento e alegando falsamente que a filha havia sido estuprada, o homem se reuniu com mais quatro indivíduos e buscaram a vítima em sua casa”, detalha a Polícia Civil na denúncia.
Naquela noite, Fabiano, junto com os outros envolvidos, foi até a casa do tio do adolescente, com quem ele morava, e obrigaram-no a levar a vítima até uma área rural próxima à cidade, onde foi feito um “tribunal do crime”. O rapaz de 17 anos também foi colocado à força no carro e, mesmo negando a acusação de estupro, foi brutalmente morto com várias facadas no coração e no pescoço.
Após a execução, o tio do adolescente foi obrigado a dirigir o veículo e seguir até um bar, onde um dos autores ingeriu bebidas alcoólicas. O tio também foi obrigado a pagar a conta das bebidas, de R$ 120. Na sequência, Fabiano disse que voltariam para ocultar o corpo, momento em que o tio entregou a chave do carro, correu e se escondeu em um matagal. Ao perceber que o terreno estava “limpo”, o tio procurou a delegacia e denunciou o crime.
A jovem citada como vítima do suposto estupro foi levada para a delegacia e confirmou que nunca teve nenhum relacionamento amoroso com o rapaz assassinado.
“Trata-se de um crime bárbaro que comoveu a população do município, mas que teve uma resposta rápida e contundente das forças policiais que retiraram do convívio social indivíduos com alto grau de periculosidade”, disse o delegado titular de Deodápolis, Anderson Guedes.
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