O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou, na quarta-feira 12, que espera que um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia possa começar dentro de “dias”, à medida que planeja que diplomatas reunidos em encontro nesta semana do G7 foquem em soluções para o conflito. Apesar da fala, a Rússia não deu uma aprovação final à base de um eventual acordo, traçadO entre Washington e Kiev ao longo desta semana, atendo-SE a reafirmar suas condições.
“É assim que gostaríamos que o mundo fosse nos próximos dias: nenhum dos dois lados atirando contra o outro, sem foguetes, sem mísseis, sem balas, sem nada”, disse a repórteres. “Os tiros acabam, os confrontos acabam e as conversas começam.”
+ As condições que Putin pode impor ao acordo de cessar-fogo com Ucrânia
Em sequência, ele disse que autoridades dos EUA planejavam “contato” com autoridades russas. “Se a resposta deles for não, seria altamente lamentável e deixaria suas intenções claras”, acrescentou.
Após mais de oito horas de negociações com autoridades ucranianas em Jeddah na terça-feira, Rubio disse que, em seguida ao aceite de Kiev, levaria a oferta de uma trégua “imediata” de 30 dias para a Rússia. Em declaração conjunta após a reunião, Kiev e Washington “tomaram medidas importantes para restaurar uma paz duradoura para a Ucrânia”, disse o documento, e ambas as delegações concordaram em imediatamente “iniciar negociações para uma paz duradoura que garanta a segurança de longo prazo da Ucrânia”.
Washington também concordou em retomar a ajuda militar e o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia, depois de uma suspensão ordenada pelo presidente Donald Trump, que também abriu negociações bilaterais com Moscou e excluiu Kiev.
O Kremlin, por sua vez, respondeu cautelosamente à trégua proposta pelos Estados Unidos, afirmando que precisa saber todos os detalhes das discussões antes de expressar sua opinião. Anteriormente, o presidente russo, Vladimir Putin, havia descartado uma pausa temporária nas hostilidades, dizendo que isso só beneficiaria a Ucrânia e seus aliados ocidentais, pois abriria uma janela para que eles reabastecessem seus arsenais. Insistiu, ao invés disso, num acordo abrangente que garanta o fim duradouro do conflito.
Os principais objetivos do líder russo continuam sendo os que ele declarou quando lançou a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, como mostra análise de Amanda Péchy. São eles: Kiev nunca deve se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), encolher drasticamente seu Exército e proteger a língua e a cultura russas para manter o país na órbita de Moscou. Além disso, também quer que os ucranianos retirem totalmente as suas forças das quatro regiões que Moscou pretende anexar (cerca de 20% do território do vizinho).
As autoridades russas também adiantaram que qualquer acordo de paz deve envolver o descongelamento de ativos russos em bancos na Europa e nos Estados Unidos, bem como o fim das sanções ocidentais contra o país. O governo do presidente americano, Donald Trump, já colocou na mesa um possível alívio ao bloqueio econômico.
As declarações de Putin contra uma trégua temporária significam simplesmente que a Rússia “provavelmente não concordará com um cessar-fogo sem extrair várias coisas ao longo do caminho”, disse Sam Greene, do Center for European Policy Analysis, sediado em Washington. “Moscou tem todos os motivos para acreditar que, se esse processo chegar a algum lugar, chegará a um lugar que seja mais ou menos nos termos da Rússia, desde que o processo esteja sendo conduzido por Washington”, completou.
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