
Pela segunda vez em menos de dois anos, um governo em Portugal é destituído sob alegações de conduta inadequada.
Na tarde desta terça-feira 11, a Assembleia da República rejeitou a moção de confiança apresentada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, resultando em sua saída do cargo.
Os parlamentares rejeitaram a moção apresentada na última quinta-feira por Montenegro com 142 votos contra e 88 a favor, sem abstenções.
A proposta surgiu após a oposição questionar a integridade do primeiro-ministro devido aos negócios de uma empresa de consultoria que ele fundou e que atualmente é administrada por seus filhos.
Seu período à frente do governo foi curto, durando menos de um ano, já que ele assumiu a liderança em abril de 2024.
Diante desse cenário, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa anunciará novas eleições, previstas para ocorrer em meados de maio.
Essa será a terceira eleição do país em pouco mais de três anos.
Montenegro, líder do Partido Social Democrata (PSD), de orientação de centro-direita, propôs a moção já ciente de que seria recusada.
Sua decisão teve como objetivo tornar sua saída rápida, evitando uma prolongada comissão parlamentar de inquérito (CPI).
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