A Embraer divulgou nesta quinta-feira (27) os resultados financeiros para o ano de 2024. A empresa registrou receitas de US$ 6,4 bilhões, marcando um aumento de 21% em relação ao ano anterior. Este valor representa um recorde para a companhia.
A divisão de Defesa & Segurança da Embraer teve um crescimento anual de 40%. O EBIT ajustado atingiu US$ 708,2 milhões, e a margem EBIT ajustada aumentou de 6,6% em 2023 para 11,1% em 2024. A empresa superou a estimativa corporativa, que previa um teto de 10%.
O fluxo de caixa livre ajustado (sem a Eve) foi de US$ 675,6 milhões no ano, com o lucro ajustado chegando a US$ 461,6 milhões.
Para 2025, a Embraer estabeleceu metas ambiciosas. A empresa espera entregar entre 77 e 85 aeronaves na Aviação Comercial e entre 145 e 155 jatos na Aviação Executiva. Além disso, projeta um novo recorde em receita, variando entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões.
A margem EBIT ajustada deve ficar entre 7,5% e 8,3%, com um fluxo de caixa livre ajustado de US$ 200 milhões ou mais.
A Embraer, reconhecida como a terceira maior fabricante de aviões do mundo, espera aumentar as entregas de aviões em até 18% em 2025.
Francisco Gomes Neto, presidente-executivo da Embraer, expressou otimismo quanto ao futuro. Ele mencionou que a empresa poderia ter estabelecido metas ainda mais altas se não fossem os gargalos na cadeia de suprimentos.
Gomes Neto destacou a melhoria gradual do cenário, apesar de alguns problemas persistirem. Ele também expressou a expectativa de distribuir mais uniformemente a produção ao longo de 2025.
“A cadeia como um todo vem melhorando, mas ainda tem alguns gargalos importantes que limitaram produção ano passado e limitam neste também. A gente até entende um pouco algumas dificuldades, porque está aumentando o volume a cada ano para eles também”, afirmou o executivo.
A demanda elevada pelos jatos da Embraer, especialmente os de corredor único com até 150 assentos, tem mantido as ações da empresa próximas de máximas históricas. As ações mais que dobraram de valor em 2024.
Recentemente, a Embraer recebeu um pedido firme de 15 aeronaves E190-E2 da japonesa ANA. Além disso, assinou um contrato recorde de US$7 bilhões com a Flexjet para até 212 jatos executivos, ampliando sua carteira de pedidos.
Com várias campanhas de vendas em andamento, incluindo para o cargueiro C-390, que atraiu clientes como Holanda, Áustria, Suécia e Eslováquia no ano passado, a Embraer antecipa um ano promissor em termos de vendas.
No quarto trimestre, a empresa reportou receitas líquidas de US$2,31 bilhões, um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA ajustado foi de US$328 milhões, superando as expectativas do mercado.
*Com informações da Reuters.
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