A Rússia lançou na noite deste sábado, 22, o maior ataque de drones contra a Ucrânia desde o início da guerra, em 2022, informaram as autoridades ucranianas. Segundo Yuriy Ignat, porta-voz do Comando da Força Aérea da Ucrânia, um “recorde” de 267 drones e três mísseis balísticos russos foram lançados em um ataque único e coordenado na última noite.
Segundo as autoridades, ao menos 138 drones foram interceptados, e outros 119 foram bloqueados e desapareceram dos radares ucranianos. O ataque aconteceu em diversas regiões, incluindo Kharkiv, Poltava, Sumy, Kiev, Chernihiv, Mykolaiv e Odesa, e se deu às vésperas do aniversário da invasão, que completa três ano na segunda-feira, 24. Ainda não se sabe quantas pessoas foram mortas, mas os números iniciais indicam ao menos três vítimas fatais da ofensiva russa — duas delas na cidade de Kherson e a outra em Kryvyi Rih.
Em um longo texto no X, Zelenskyy disse que o povo ucrâniano “se levanta contra o terror aéreo todos os dias”, e agradeceu “a todos que repelem tais ataques diariamente” e “aqueles no solo que salvam vidas e respondem às consequências do bombardeio”. “A guerra continua. Todos capazes de ajudar com a defesa aérea devem trabalhar para aumentar a proteção da vida humana”, escreveu o presidente ucraniano.
Zelenskyy acrescentou ainda que uma “paz duradoura e justa” na Ucrânia só pode ser alcançada por meio da união de todos os seus aliados, ou seja, Europa e Estados Unidos. Isso aconteceu depois que autoridades americanas e russas se encontraram na Arábia Saudita esta semana, sem o envolvimento da Ucrânia, levantando preocupações de que um acordo para acabar com a guerra seja favorável à Rússia.
Recentemente, inclusive, depois que Trump chamou Zelenskyy de ditador e disse que o presidente havia “convencido os Estados Unidos da América a gastar US$ 350 bilhões para entrar em uma guerra que não pode ser vencida, e que não precisava ter começado”.
Agora, o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, devem viajar para Washington na próxima semana para defender o apoio à Ucrânia e pedir que os Estados Unidos não apressem um acordo de cessar-fogo. “Ninguém quer que o derramamento de sangue continue. Mas depois de tudo o que eles sofreram, depois de tudo pelo que eles lutaram, não pode haver discussão sobre a Ucrânia sem a Ucrânia”, declarou Starmer.
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