Luigi Mangione comparecerá a um tribunal nesta sexta-feira, 21, pela primeira vez desde que foi acusado formalmente, em dezembro, pelo assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em Nova York, nos Estados Unidos. Ele se declarou inocente de uma série de acusações, incluindo homicídio como ato de terrorismo. No momento, o jovem de 26 anos está detido numa prisão federal no Brooklyn, junto com outros réus famosos, como Sean “Diddy” Combs e Sam Bankman-Fried.
Na audiência em Manhattan, os promotores e os advogados de defesa fornecerão atualizações sobre o caso, enquanto o juiz Gregory Carro deve definir prazos para a entrega de documentos, podendo também marcar uma data para o início do julgamento. Mangione enfrenta acusações estaduais e federais. Os dois processos correm em paralelo, mas acredita-se que a denúncia em Nova York seja a primeira a ser levada ao tribunal. Nesse caso, a pena máxima é de prisão perpétua sem liberdade condicional.
Além das acusações em Nova York, Mangione responde por posse de arma de fogo sem licença, falsificação e fornecimento de identificação falsa à polícia na Pensilvânia, onde foi inicialmente preso em uma filial do McDonald’s. Mas a audiência prevista para 24 de fevereiro foi cancelada. Em comunicado, o jovem agradeceu o apoio que tem recebido desde que o caso veio à tona. Nas redes sociais, Mangione passou a fazer sucesso, com uma onda de vídeos que demandavam a sua libertação, citando a necessidade de uma mudança no sistema de saúde americano, e que elogiavam a beleza do rapaz.
“Estou impressionado por — e grato por — todos que me escreveram para compartilhar suas histórias e expressar seu apoio. Poderosamente, esse apoio transcendeu divisões políticas, raciais e até de classe”, escreveu ele.
+ Luigi Mangione é formalmente acusado por assassinato de CEO em Nova York
Entenda o caso
O assassinato de Thompson, 50 anos, ocorreu do lado de fora de um hotel em Manhattan na manhã de 4 de dezembro. Ele foi baleado pelas costas e o atirador fugiu de bicicleta até o Central Park, onde pegou um táxi até uma estação de ônibus e fugiu da cidade. Investigadores ainda precisam determinar se ele tinha cúmplices, e se pretendia matar outra pessoa além do CEO da UnitedHealthcare.
Após cinco dias de buscas, o suspeito foi encontrado em Altoona, Pensilvânia, onde parou para comer em uma filial do McDonald’s e foi reconhecido por um cliente e um funcionário, com base nas fotos divulgadas pela polícia. Entre seus pertences, estavam grandes quantias em dinheiro vivo e identidades falsas, as mesmas que a polícia acredita terem sido usadas pelo assassino.
As impressões digitais de Mangione foram comparadas com as encontradas numa garrafa de água e uma embalagem de comida encontradas próximas à cena do crime. Suas digitais também teriam sido detectadas em evidências balísticas no local, disse um oficial com conhecimento da investigação ao jornal americano The New York Times.
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