No Aeroporto Internacional O’Hare, o menu de almoço no Swissport Lounge, se é que dá para chamá-lo assim, oferece mais itens básicos de lojas de conveniência do que os lounges de companhias aéreas cuidadosamente preparados para atrair viajantes que gastam muito.
Pequenos sanduíches embrulhados em um saco de papel. Salada de macarrão pré-embalada. E aquelas xícaras de macarrão instantâneo, que os supermercados vendem por menos de um dólar. Não há pratos.


Cardápio é um dos problemas
As tristes escolhas do cardápio são apenas uma das muitas deficiências que rotineiramente colocam o minúsculo lounge sem janelas no Terminal 5 no topo dos rankings não oficiais dos piores lounges de aeroportos do país. O único atributo notável para muitos visitantes: não há bartenders, então você prepara sua própria bebida no bar self-service.
A sala VIP está aberta a viajantes de primeira classe e classe executiva de várias companhias aéreas internacionais, incluindo Qatar, Swiss e Emirates, além de associados Priority Pass.
Sua nota no Google é 1,8, em comparação com as 4,4 estrelas do Delta Sky Club, que fica — tentadoramente — bem na frente. No Yelp, a nota é 1.5 de 5.
A Priority Pass, uma rede de lounges para muitos cartões de crédito premium, mostra o Swissport como sem classificação, embora peça feedback aos visitantes e avalie outros lounges em seu aplicativo. (Explicou que publica apenas classificações para lounges com três estrelas ou mais.)
É um portão de embarque
Nos fóruns do Reddit, os usuários regularmente criticam o lounge e sugerem evitá-lo. Minha descrição favorita: “É como um programa no início dos anos de 1990 no porão da casa do seu amigo, alugada pelo pai divorciado dele. Húmido. Escuro. Com manchas estranhas. Mas você pode se servir de bebida, porque não há adultos vigiando.”
Meu resumo menos poético após duas visitas no mês passado e depois de uma má primeira impressão em 2023: o lounge da Swissport é pouco mais do que o portão de embarque de uma companhia aérea.
É apertado e barulhento. É difícil encontrar assentos e tomadas. Bebidas e lanches gratuitos são um aspecto bom, permitindo economizar dinheiro.
Peguei um copo de Chloe Sauvignon Blanc, fiz minha própria mistura de amendoim e M&M’s e embolsei algumas bananas para o meu voo de quatro horas para casa.
Mas nunca planejaria visitá-lo como fiz com alguns lounges Delta Sky Clubs e American Express Centurion.
Reforma
A Swissport International, mais conhecida por serviços terrestres em aeroportos em todo o mundo, não tenta redimir a má reputação do lounge. Jorge Da Silva, chefe de lounges da América do Norte da Swissport, diz que o espaço do O’Hare está muito aquém de seus padrões e precisa urgentemente de uma reforma e ampliação. A empresa opera mais de cem lounges em 20 países, incluindo alguns nos EUA sob a marca Aspire, e outros estão a caminho.
Da Silva disse que, no ano passado, a empresa apresentou ao O’Hare a documentação para uma reforma e expansão multimilionária do lounge, em parceria com uma companhia aérea internacional não identificada, como parte de um contrato de arrendamento de vários anos.
A aprovação ainda não foi dada, diz ele. Recentemente, o local foi pintado, alguns móveis foram atualizados e mais lanches são oferecidos agora, diz ele.
“Estamos totalmente comprometidos em melhorar a experiência do passageiro no ORD”, diz ele.
Um porta-voz da O’Hare diz que o futuro do lounge está sendo avaliado como parte do planejamento contínuo para lounges e clubes em todo o aeroporto.
Fila de espera
Por enquanto, os passageiros que amam lounges, que partem do Terminal 5 e que não têm acesso a outros lounges — incluindo o Delta Sky Club e um novo lounge da LOT Polish Airlines que foi inaugurado em dezembro — estão limitados ao Swissport. O minúsculo lounge, que geralmente tem fila de espera para entrar, fica entre o Big Bowl e uma loja de souvenirs I Love Chicago perto do Portão M13.
O espaço tem seus fãs ocasionais. “Este lugar é ótimo”, começou uma avaliação de 5 estrelas no Google no início deste mês. “As bebidas são gratuitas. Há cup noodles e gummy bears. É melhor do que pagar US$ 7 por um pacote de gummy bears no quiosque. As pessoas precisam parar de espalhar o ódio.”
“Quebra o galho”
Outros estão compreensivelmente menos entusiasmados. Sandi e Mac Hillocks, executivos de TI aposentados, apareceram no lounge antes de seu voo da Southwest para Nashville. Era a primeira visita deles. O casal é sócio do Priority Pass por meio de seu cartão Chase Sapphire Reserve e esteve em um dos novos lounges do Chase.
Sandi diz que isso a lembrou de um daqueles cafés da manhã gratuitos que as redes de hotéis econômicos oferecem. O café da manhã da Swissport inclui muffins de mirtilo Otis Spunkmeyer e waffles Liège, ambos pré-embalados.
Ela tomou uma cerveja Sapporo, comeu amendoim e M&M’s e seu marido tomou a bebida favorita de sua avó: Dewar’s e ginger ale.
“Não é gourmet, mas quebra o galho”, diz ela, dando duas estrelas para o lounge.


Aquém do esperado
Paul Charlier não leu nenhum comentário antes de entrar no lounge com sua esposa, JoAnn Charlier, em fevereiro, antes de um voo da Qatar Airways de Chicago para Doha a caminho de férias no Vietnã. O funcionário aposentadosda Kodak pagou cerca de US$ 6 mil por assento na classe executiva, que dá acesso ao lounge.
Ele não é muito exigente em termos de lounges; só começou a frequentá-los nos últimos dois anos, depois de decidir que a vida é muito curta para se amontoar em um ônibus. O lounge da Swissport ficou muito aquém.
“Nem ficamos lá todo o tempo permitido, porque era muito deprimente”, diz ele. “A única maneira de tornar este lugar agradável é ficando bêbado.”
Traduzido do inglês por InvestNews
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