25 de abril de 2025

Dupla que matou adolescente em área de brejo recebe pena de 40 anos – Interior

Crime ocorreu em janeiro de 2022, em Ivinhema; sentença foi definida após 13 horas de júri

Dupla que matou adolescente em área de brejo recebe pena de 40 anos
Lucas e Nilton, sentados no banco dos réus. (Foto: Reprodução/Ivinotícias)

Tribunal do Júri de Ivinhema condenou, no fim da noite desta quinta-feira (24), Nilton Fernandes de Souza e Lucas da Silva Cordeiro a 40 anos e 10 meses de prisão pelo assassinato da adolescente Vitória Caroline de Oliveira Honorato, aos 15 anos. O crime ocorreu em janeiro de 2022, em uma área de brejo próxima à casa da vítima, e foi motivado por ciúmes.

Conforme divulgado pelo site Ivinotícias, a Justiça reconheceu as qualificadoras de motivo torpe, dissimulação, meio cruel, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima. Lucas teve a pena estipulada em 19 anos e 8 meses de prisão, já Nilton deve cumprir 21 anos e 2 meses.

O julgamento durou mais de 13 horas e foi presidido pelo juiz Rodrigo Barbosa Sanches. A sessão contou com a participação do Ministério Público, da defesa e da assistência à acusação. A pena de Lucas foi agravada por antecedentes criminais por furto.

Vitória desapareceu na noite de 25 de janeiro de 2022. Quatro dias depois, seu corpo foi encontrado em um brejo, a poucos metros da residência onde vivia, em Ivinhema, a 289 quilômetros de Campo Grande. Segundo a Polícia Civil, a jovem foi estrangulada. A investigação apontou que os autores do crime eram vizinhos que a conheciam desde a infância.

As prisões ocorreram no mesmo dia em que o corpo foi localizado. À época dos fatos, o delegado Felipe Alvares Madeira afirmou que o inquérito confirmou a premeditação e a crueldade do assassinato. O terceiro suspeito inicialmente detido não foi julgado neste processo. Até o encerramento das investigações, não havia indícios concretos de violência sexual.

Ao final da audiência, o pai da vítima, Edson Honorato, declarou que esperava uma pena maior, embora tenha agradecido o trabalho da Justiça. A advogada da família, Irene Borges, afirmou que a decisão reconhece a gravidade do caso e que, apesar da dor pela ausência irreparável de Vitória, a condenação representa um sinal de que o sistema de justiça não a esqueceu.

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