
A Força de Defesa de Israel admitiu, neste domingo, 20, que “falhas profissionais e violações de ordens” foram a causa do ataque que culminou na morte de oito paramédicos, seis trabalhadores da defesa civil e um membro das Nações Unidas em março. O comandante da brigada responsável pelo tiroteio será afastado.
De acordo com o relatório, a investigação conduzida pela força “identificou várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente” no ataque ocorrido no último dia 23 de março. Além do comandante da brigada, outro militar que atuava ao sul do local onde o tiroteio ocorreu também será responsabilizado. O documento não recomenda qualquer ação criminal contra os militares e diz que o incidente não viola o código de ética da Força de Defesa de Israel.
O assassinato gerou revolta após os corpos dos 15 profissionais serem encontrados em uma vala coletiva dias após o ataque, provocando clamores de investigações por crimes de guerra.
Na época, os militares alegaram que as luzes de emergência da ambulância não estavam acesas, mas vídeos que vieram à tona momentos depois revelaram que o equipamento estava, sim, funcionando. Avaliações de legistas dão conta de que tiros foram disparados a curta distância e de que os indivíduos foram mortos “um a um”.
De acordo com os militares, o ataque a ambulância do Crescente Vermelho teria sido causado por um “desentendimento operacional” e pela “má visibilidade noturna”. Já o tiroteio contra o veículo das Nações Unidas, cerca de 15 minutos depois, teria sido resultado de uma violação de ordens.
O relatório nega que houve “fogo indiscriminado” e mantém a posição de que seis dos mortos eram militantes do Hamas. De acordo com a força, os militantes islâmicos têm utilizado ambulâncias para o transportes de equipamentos e pessoal e que os militares estavam alertas para esse perigo.
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