No Rio de Janeiro, 1523 pessoas perderam a vida em desastres naturais como chuvas intensas, deslizamentos, enchentes e alagamentos, de acordo com o estudo publicado nesta sexta-feira (18) pela Universidade Federal Fluminense (UFF) revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A estimativa do estudo é de que 49 mil anos de vida foram perdidos ao considerar a métrica de saúde pública que estima o tempo de vida interrompido por mortes precoces. Mulheres foram mais impactadas, assim como moradores de cinco municípios:
- Nova Friburgo (RJ)
- Petrópolis (RJ)
- Teresópolis (RJ)
- Niterói (RJ)
- Rio de Janeiro (RJ)
Cerca de 79,3% das mortes registradas aconteceram nessas cidades — o que aponta a necessidade de colocar as áreas como prioritárias para ações de prevenção e resposta, de acordo com os pesquisadores.
Os desastres causaram prejuízos materiais estimados em R$ 12 bilhões para o estado, de acordo com estudo. A maior parte ocorreu em unidades habitacionais (R$ 7,7 bilhões) e em obras de infraestrutura urbana (R$ 4 bilhões) — o que influencia diretamente o cotidiano da população e a prestação de serviços essenciais como saúde e educação, para os pesquisadores.
“A população vem sentindo impactos de diversas dimensões, reduzindo seu bem-estar, e principalmente desses grupos”, afirma Roberta Fernanda da Paz de Souza Paiva, pesquisadora à frente da publicação. De acordo com ela, a identificação de áreas e grupos mais vulneráveis é fundamental para a formulação de políticas públicas mais eficazes. A CNN questionou o governo do Rio de Janeiro e não teve resposta até a publicação dessa matéria.
O estudo foi antecipado à CNN pela Agência Bori.
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