Em seu novo livro de memórias lançado nesta terça-feira 15, The Next Day (O próximo dia, em tradução livre), Melinda French Gates revelou que percebeu a gravidade da crise em seu casamento com o bilionário Bill Gates em 2019, após a divulgação de informações sobre traições do ex-marido e seus laços “profundamente perturbadores” com o criminoso sexual Jeffrey Epstein.
Melinda, de 60 anos, contou que começou a ter pesadelos há seis anos e entendeu que os sonhos estavam relacionados ao desgaste de sua relação com o cofundador da Microsoft, com quem foi casada de 1994 a 2021.
“Em outubro daquele ano, a situação atingiu o auge quando o The New York Times publicou um artigo profundamente perturbador que levantou sérias questões sobre a conduta de Bill — questões que sugeriam que ele havia traído não apenas nosso casamento, mas também meus valores”, escreveu ela.
A matéria do jornal americano à qual Melinda se refere no livro revelava que Bill Gates se encontrou com Epstein em “inúmeras ocasiões”, incluindo uma visita que durou horas. “O estilo de vida dele é muito diferente e meio intrigante, embora não funcione para mim”, escreveu o gigante da tecnologia por e-mail a amigos em 2011, após seu primeiro encontro com Epstein.
“O mal em pessoa”
Melinda já havia se posicionado sobre o assunto em 2022, dizendo que deixou claro ao então marido seu desconforto em relação aos encontros com Epstein. “Me arrependi no instante em que entrei na casa dele. Ele era abominável. O mal em pessoa”, disse ela.
No início deste ano, o bilionário admitiu que foi um “grande erro” ter se envolvido com Epstein. “Olhando para trás, fui tolo em passar tempo com ele”, disse Gates. “Acho que fui bem estúpido. Pensei que isso me ajudaria com a filantropia global em saúde. Na verdade, não funcionou. Foi um erro enorme.”
Epstein conviveu com milionários de Wall Street, membros da realeza (notadamente, o príncipe Andrew) e celebridades antes de se declarar culpado de exploração sexual de menores, em 2008. Ele foi acusado de comandar um esquema de tráfico sexual e de abusar de mais de 250 meninas no início dos anos 2000, mas cometeu suicídio na cadeia antes que pudesse ser julgado.
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