“Água Pantanal Fogo” estreia nesta quarta-feira no Museu Nacional de História Natural e da Ciência

A exposição “Água Pantanal Fogo” estreia nesta quarta-feira (16) em Lisboa, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, e segue até o dia 6 de julho. A mostra reúne 76 fotografias dos premiados fotodocumentaristas Lalo de Almeida e Luciano Candisani, com curadoria de Eder Chiodetto. As imagens revelam a beleza e a tragédia do Pantanal, maior área úmida contínua do planeta e um dos biomas mais ameaçados pela crise climática.
A exposição “Água Pantanal Fogo” estreia em Lisboa, destacando a beleza e a destruição do Pantanal, maior área úmida do mundo, ameaçado pela crise climática. Com 76 fotos de Lalo de Almeida e Luciano Candisani, a mostra alerta para a urgência de proteger o bioma. Após Lisboa, seguirá para Berlim, Paris, Madri e Roma. No Brasil, será exibida no Museu do Amanhã, no Rio. O projeto Documenta Pantanal, iniciado em 2019, visa mobilizar a sociedade para preservar o Pantanal, vital para o equilíbrio climático da América do Sul. A exposição já passou por São Paulo e Hamburgo.
Com passagens anteriores por São Paulo e Hamburgo (Alemanha), a exposição faz parte da iniciativa Documenta Pantanal e tem apoio de empresas como Itaú, BTG, CSN e Rodobens, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
Depois de Lisboa, a mostra segue para Berlim em setembro, com planos de itinerância por Paris, Madri e Roma. No Brasil, estará no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, entre julho e dezembro deste ano, durante o evento PRÓ-COP.
As fotografias de Lalo de Almeida, vencedor do World Press Photo, retratam os incêndios que devastaram 26% do Pantanal em 2020, matando mais de 17 milhões de animais. Já Candisani destaca a exuberância das águas pantaneiras, com registros feitos em ambientes submersos, terrestres e aéreos.
A proposta da exposição é unir jornalismo, arte e ativismo para chamar atenção da comunidade internacional sobre a urgência de proteger o bioma. “O Pantanal precisa ser conhecido para ser protegido. Se o perdermos, não perdemos apenas biodiversidade, mas uma peça-chave do equilíbrio climático sul-americano e global”, alerta Teresa Bracher, coordenadora do Documenta Pantanal.
Além da exposição, o público em Lisboa poderá acompanhar a Mostra Pantanal de Cinema e uma série de diálogos virtuais com artistas e especialistas do Brasil e de Portugal. Entre os convidados está o artista urbano Bordalo II. As conversas serão transmitidas pelo canal do Fórum de Integração Brasil Europa no YouTube.
Impacto – Criado em 2019, o Documenta Pantanal é um projeto que utiliza a comunicação para mobilizar a sociedade pela preservação do bioma. Desde os incêndios de 2020, suas campanhas ajudaram na criação de 24 brigadas voluntárias anti-incêndio, em parceria com a ONG SOS Pantanal.
Segundo Alexandre Bossi, presidente da ONG, a itinerância da mostra ajuda a sensibilizar públicos fora do Brasil. “As imagens emocionam e engajam. Em Hamburgo, por exemplo, a exposição facilitou o diálogo com investidores ambientais alemães, que agora apoiam a preservação do Pantanal”, afirma.
O Pantanal é vital para o equilíbrio climático da América do Sul. Ele conecta ecossistemas como a Amazônia, o Cerrado, o Chaco e a Mata Atlântica. Porém, sofre com o desmatamento, a poluição das nascentes, o avanço da agropecuária e os efeitos da crise climática, como as secas prolongadas e os incêndios recorrentes.
“O Pantanal está secando, e isso ainda é pouco conhecido. A informação é nosso principal instrumento de ação”, reforça Mônica Guimarães, produtora audiovisual e coordenadora do Documenta Pantanal.
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