A Heineken divulgou um crescimento de receita acima das expectativas do mercado e manteve sua previsão para o ano, mas alertou sobre um cenário volátil entre consumidores e os riscos geopolíticos decorrentes da incerteza em torno das tarifas.
A empresa reportou um aumento de 0,9% na receita líquida orgânica no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. Analistas previam uma queda de 0,6%, segundo o consenso compilado pela companhia.
O desempenho positivo foi impulsionado pelo crescimento nos mercados da África, Oriente Médio e Ásia-Pacífico, que compensou as quedas nas Américas e na Europa.
A Heineken manteve sua previsão de crescimento orgânico de 4% a 8% no lucro operacional ajustado em 2025, indicador que exclui itens excepcionais e pontuais.
A meta está alinhada à estimativa média dos analistas, de 5,8%, segundo o consenso da própria empresa.
A receita total da Heineken no primeiro trimestre foi de 7,78 bilhões de euros, abaixo dos 8,18 bilhões de euros registrados no mesmo período do ano passado. O volume de cerveja caiu 2,1% em relação ao ano anterior, desempenho melhor que a expectativa de queda de 2,9%.
A retração foi atribuída a uma base de comparação elevada e a fatores técnicos, como menos dias úteis e o calendário da Páscoa e do feriado do Tet no Vietnã, que a empresa já havia mencionado.
A cervejaria holandesa, que é dona de marcas como Amstel, Birra Moretti e Heineken, afirmou que os recentes ajustes nas tarifas e os possíveis aumentos criam mais incerteza e podem impactar o consumo.
No primeiro trimestre, antes do anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o plano tarifário, o aumento no volume de vendas das marcas premium da Heineken.
E os reajustes de preços ajudaram a empresa a registrar um crescimento orgânico de receita, contrariando a expectativa de queda.
Assim como outras cervejarias, a Heineken produz mais de 95% de seus produtos localmente, o que a torna menos exposta aos efeitos diretos de uma guerra comercial.
No entanto, o setor pode sentir impactos indiretos, como queda na confiança do consumidor e aumento nos custos de insumos.
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