18 de abril de 2025

Ironwood: conheça o novo chip da Google para acelerar IA e brigar com a Nvidia

A Google anunciou nesta quarta-feira (9) um novo chip voltado para acelerar produtos e soluções de inteligência artificial (IA). Trata-se do Ironwood, a sétima geração de unidades de processamento de Tensor (TPUs), com fabricação própria e utilização exclusiva na estrutura interna da empresa.

A revelação aconteceu durante o evento Cloud Next, que acontece ao longo da semana e envolve as melhorias da companhia para o setor. De acordo com a Google, esse é o acelerador de IA personalizado “de maior desempenho e escalabilidade” já anunciado pela empresa.

Por que o Ironwood é tão especial?

De acordo com o comunicado da Google, o novo TPU da empresa dobra a performance sob o mesmo custo energético em comparação ao Trillium, que é o chip apresentado no ano passado, e é 3.600 vezes mais potente que a segunda geração de TPUs da marca, apresentada em 2017. Ele tem um poder computacional de 4.614 TFLOPs se utilizado de forma escalável, um valor considerado 24 vezes maior do que o atual supercomputador mais poderoso do mundo.

Cada chip tem 192 GB de memória HBM (sigla High Bandwidth Memory, de alto barramento ou alta largura de banda), com a largura de banda podendo chegar a 7,2 Tb/s por chip usado.

Ele ainda inclui um núcleo otimizado chamado de SparseCore, responsável por acelerar o processamento de tarefas de ranqueamento e identificação em IAs. Na prática, ele auxilia uma série de processos, permitindo que um sistema vire especialista em determinadas áreas e entregue resultados de melhor qualidade em pouco tempo.

Toda essa potência faz com que ele seja o primeiro chip de IA da companhia voltado especificamente para inferência — ou seja, a etapa de “raciocínio”, interpretação e produção de resultados de uma plataforma. Todas as anteriores até serviam a esse propósito parcialmente, mas eram mais voltadas para as etapas anteriores de treinamento de modelos de linguagem.

Dessa forma, o Ironwood pode servir como base de estruturas de clientes da Google Cloud que mantêm agentes de IA, sistemas mais autônomos e que realizam ações complexas sem precisar de tanta supervisão humana.

Quais as aplicações do novo chip Ironwood?

A Google alega que o Ironwood vai ajudar a “resolver as demandas de IA do amanhã”, ampliando o poder computacional necessário para sustentar plataformas desse mercado em processamento, capacidade de memória e confiabilidade.

A nova tecnologia deve inicialmente atender a demanda de modelos de linguagem de alta complexidade da própria empresa, como a família Gemini 2.5. Além disso, a marca pretende integrar os chips na estrutura do AI Hypercomputer, um futuro cluster computacional modular para clientes da Google Cloud.

Um chip Ironwood da Google de pé, em um fundo escuro.
O Ironwood vai ajudar a rodar aplicações externas e da própria empresa, como Gmail e buscador. (Imagem: Divulgação/Google)

Isso pode reduzir a dependência da indústria de IA na Nvidia, atual líder de mercado no fornecimento de GPUs para data centers e servidores de sistemas generativos, e aumentar a rivalidade com marcas também no páreo, como são os casos de Amazon e Microsoft.

A Google vai oferecer o poder do Ironwood aos parceiros em duas configurações: uma composta por 256 chips e outra com 9.216 chips, mais voltado para grandes demandas. Até o momento, ela não detalhou prazos de disponibilidade ou detalhes dos planos que serão oferecidos.

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