
Poucos minutos após a decisão do presidente Donald Trump de pausar tarifas dos Estados Unidos sobre outros países por 90 dias, mas elevar para 125% as taxas sobre produtos da China, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt afirmou que o nível de tarifas sobre Pequim foi elevado pela decisão “imprudente” de retaliar as medidas americanas — que prejudicam a economia da China.
Em publicação nas redes sociais, Trump disse que o objetivo é fazer com que Pequim sente-se à mesa de negociação, algo que ele esperava ter acontecido após a primeira ameaça, ao longo desta semana de 50% adicionais, elevando o total no momento a 104%. A China, no entanto, respondeu com tarifas adicionais de 84% sobre produtos importados dos Estados Unidos.
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A China prometeu “lutar até o fim” e acusa os Estados Unidos de praticarem unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica com a imposição de tarifas adicionais sobre produtos chineses. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que a postura americana de colocar seus próprios interesses acima das regras internacionais prejudica a estabilidade da produção global e da cadeia de suprimentos, além de comprometer a recuperação econômica mundial.
No fim de semana, autoridades chinesas se reuniram com representantes de cerca de 20 empresas dos EUA, incluindo Tesla e GE Healthcare. Durante o encontro, o vice-ministro do Comércio, Ling Ji, declarou que “a raiz do problema das tarifas está nos Estados Unidos”.
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“Esperamos que as empresas americanas ajam com responsabilidade e contribuam para a estabilidade da cadeia de suprimentos global”, acrescentou.
Não está claro se o presidente Xi Jinping se reunirá com Trump para discutir uma solução. Questionado sobre essa possibilidade, Lin disse que o tema deve ser tratado por outros departamentos. “Pressões e ameaças não são o caminho certo para lidar com a China. Defenderemos firmemente nossos direitos e interesses legítimos”, afirmou.
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