7 de abril de 2025

Rússia diz que EUA não responderam ‘dúvidas’ sobre…

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ainda é a favor da ideia de um cessar-fogo na Ucrânia, mas Moscou ainda não recebeu respostas para suas principais dúvidas sobre um cessar-fogo proposto pelo governo dos Estados Unidos, afirmou o Kremlin nesta segunda-feira, 7.

“O presidente Putin apoia a ideia da necessidade de um cessar-fogo. No entanto, antes disso, algumas perguntas devem ser respondidas”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. “Essas perguntas ainda estão no ar; até agora ninguém deu uma resposta a elas”.

Segundo Putin, qualquer acordo de paz deve abordar o que Moscou vê como as “raízes” do conflito, essencialmente um cabo de guerra entre a Rússia e o Ocidente sobre o futuro da Ucrânia.

Putin disse que qualquer acordo de paz deve abordar o que Moscou vê como as causas básicas do conflito: essencialmente um cabo de guerra entre a Rússia e o Ocidente sobre o futuro da Ucrânia e a expansão pós-soviética da OTAN em direção às fronteiras da Rússia.

O presidente russo sugeriu recentemente que as Nações Unidas deveriam assumir a tutela da Ucrânia até que o país escolhesse um novo líder, dizendo que Zelensky — eleito democraticamente em 2019 — não tem legitimidade para assinar um acordo de paz.

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A proposta, segundo Putin, seria apenas uma das opções para o futuro da Ucrânia. Ele pontuou, contudo, que há precedentes internacionais para que o país passe a ser tutelado pelas Nações Unidas, citando os casos do Timor Leste e de partes da extinta Iugoslávia. Em resposta, Andriy Yermak, chefe de gabinete presidencial ucraniano, acusou Moscou de tentar dar continuidade à guerra e ignorar as tentativas de alcançar a paz.

Além disso, Putin concordou apenas com dois acordos limitados de cessar-fogo no Mar Negro e em ataques aéreos, recheados de condições, os quais não começou a implementar. No entanto, a troca de acusações de violação do pacto expõem a fragilidade da trégua, uma vez não ficou claro se as moratórias seriam implementadas imediatamente após o comunicado americano.

Na semana passada, o Kremlin disse que Washington e Moscou estão trabalhando para alcançar um possível acordo de paz na Ucrânia e na construção de laços bilaterais, após o presidente americano, Donald Trump, dizer que estava “muito bravo” e “revoltado” com a abordagem de Putin.

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O republicano, que tem feito manobras arriscadas e se aproximado de Putin para pressionar Kiev e Moscou a concordarem rapidamente com um acordo de cessar-fogo, também indicou que pretende impor uma tarifa de 25% a 50% contra países que compram petróleo russo. Trump ainda criticou os questionamentos de Putin à credibilidade do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apesar dele mesmo tê-lo chamado anteriormente de “ditador” devido à ausência de eleições. O mandato de Zelensky expirou no ano passado, mas não houve novo pleito porque o país está sob lei marcial (estado de guerra).

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