Negociar um alívio às tarifas impostas por Donald Trump provavelmente estava no topo da lista de prioridades do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para um encontro com o republicano na Casa Branca, nesta segunda-feira, 7. O presidente americano, no entanto, deixou claro que, por ora, não deve fazer isso, e alertou que “não esqueçam que ajudamos muito Israel”.
“Estamos falando de um novo comércio — talvez não, talvez não. Agora, não se esqueçam de que ajudamos muito Israel. Vocês sabem, damos a Israel US$ 4 bilhões por ano. Isso é muito. Parabéns, a propósito. Isso é muito bom. Mas damos a Israel bilhões de dólares por ano. Bilhões. É um dos maiores de todos… damos dinheiro a muitos países”, disse Trump.
+ Medo de recessão nos Estados Unidos, após tarifaço de Trump, implode bolsas pelo mundo
No que chamou de “dia da libertação”, na semana passada, Trump anunciou tarifas “recíprocas” para uma série de países, desde o Brasil até ilhas na Antártica onde só vivem pinguins, variando de acordo com cada nação — para a China, por exemplo, os impostos chegaram a 54%.
Sob o projeto de reformulação no comércio, Trump anunciou uma tarifa de 17% sobre Israel, que prometeu eliminar o déficit comercial e barreiras comerciais com Washington “muito rapidamente”. Os dois países assinaram um acordo de livre-comércio há 40 anos, e cerca de 98% dos produtos americanos já entram sem taxação.
Segundo um funcionário do Ministério das Finanças de Israel, ouvido pela agência de notícias AFP, a medida tarifária de Trump pode afetar as exportações israelenses de máquinas e equipamentos médicos.
Dentro da sua visão dos negócios como uma atividade em que quando um ganha, o outro perde, o presidente americano acredita que seu país está sendo explorado pelo resto do mundo por exercer uma das tarifas médias de importação mais baixas dentre todos os países, cerca de 3%.
Perguntado se pode implementar alguma pausa na aplicação das tarifas, Trump deixou claro, ainda ao lado de Netanyahu, que “não estamos olhando para isso”. Como consequência, ações caíram pelo terceiro dia consecutivo e o medo de recessão nos Estados Unidos implode bolsas pelo mundo.
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