7 de abril de 2025

Galípolo diz que encontrou CEOs de bancos para discutir “questões relacionadas à estabilidade financeira”

O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, se reuniu com os CEOs dos principais bancos neste fim de semana, em um momento em que se busca mitigar o impacto da venda do Banco Master.
As autoridades discutiram a governança do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), bem como o destino do Banco Master, de acordo com pessoas com conhecimento do assunto.

Estavam presentes os CEOs do Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e BTG Pactual. Daniel Lima, chefe do FGC, também estava presente na sessão no sábado em São Paulo.

O Banco Central disse no comunicado que “realiza reuniões periódicas com membros do Sistema Financeiro Nacional para tratar de questões relacionadas à estabilidade financeira”, para discutir “questões atuais e, principalmente, para conciliar as agendas dos participantes”.

Também deve ouvir executivos de bancos privados menores nos próximos dias, disse uma das fontes.

Os executivos deixaram a reunião sem falar com repórteres. Representantes dos bancos não retornaram imediatamente os e-mails enviados neste domingo (6) para discutir a reunião.

Na semana passada, o Banco de Brasília (BRB) fechou um acordo para se unir ao Master, embora alguns ativos fossem separados antes da aquisição. Isso levantou questões sobre o destino da parte restante do banco, que inclui ativos de maior risco, como participações acionárias em pequenas e médias empresas e uma carteira de títulos vinculados a disputas judiciais de pagamento.

Empresas financeiras e reguladores buscam evitar uma hipotética liquidação ou intervenção do Banco Master, já que uma parcela significativa dos recursos do FGC poderia estar envolvida.

O Banco Master alimentou anos de crescimento robusto pagando taxas acima do mercado sobre depósitos de investidores individuais. Ele atraiu clientes ao “vender” como atrativo a garantia do FGC.

No fim de dezembro, o Master tinha cerca de R$ 16 bilhões (US$ 2,7 bilhões) em passivos devidos neste ano, de acordo com o balanço do banco.

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