Virginia Giuffre, uma das principais acusadoras do criminoso sexual Jeffrey Epstein, revelou neste domingo, 30, que está em estado grave após um acidente de trânsito. Em uma publicação no Instagram, ela compartilhou uma foto do hospital, onde aparece coberta de hematomas, e informou ter sido diagnosticada com insuficiência renal. Segundo Giuffre, os médicos lhe deram apenas quatro dias de vida.
“Este ano começou da pior forma possível. Não quero incomodar ninguém com detalhes, mas acho importante dizer que, quando um ônibus escolar vem na sua direção a 110 km/h enquanto você reduz a velocidade para fazer uma curva, pouco importa do que seu carro é feito”, afirmou na postagem. “Estou pronta para partir. Só espero ver meus filhos uma última vez.”
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Giuffre, que será transferida para um hospital especializado em urologia, encerrou o desabafo expressando gratidão às pessoas que a apoiaram ao longo dos anos. “Obrigada a todos por serem pessoas maravilhosas e por fazerem parte da minha vida”, escreveu.
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Abuso sexual na adolescência
No mês passado, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou um conjunto de documentos da investigação contra o bilionário Epstein, acusado de comandar um esquema de tráfico sexual e de abusar de mais de 250 meninas no início dos anos 2000. Antes que pudesse ser julgado, ele cometeu suicídio na cadeia.
Epstein conviveu com milionários de Wall Street, membros da realeza (notadamente, o príncipe Andrew) e celebridades antes de se declarar culpado de exploração sexual de menores em 2008. As acusações que o levaram à prisão em 2019 ocorreram mais de uma década após um acordo judicial que o protegia.
A trajetória de Giuffre ficou marcada por sua denúncia contra Epstein e sua ex-namorada, Ghislaine Maxwell, a quem acusou de tê-la forçado a manter relações com homens poderosos, incluindo o príncipe Andrew.
Em 2021, ela entrou com um processo na Justiça de Nova York alegando que o filho da rainha Elizabeth II abusou dela no início dos anos 2000, quando ela tinha 17 anos e ele 41. Andrew sempre negou as acusações, mas o caso resultou em um acordo extrajudicial no ano seguinte, cujo valor nunca foi divulgado.
Como consequência, Andrew perdeu seus títulos militares por ordem da rainha Elizabeth e foi afastado de funções oficiais, ficando impedido de usar o título de Alteza Real. Maxwell, por sua vez, foi condenada em 2021 a 20 anos de prisão por tráfico sexual infantil.
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