1 de abril de 2025

Imasul interdita lagoa da Praia da Figueira após ataques de peixes

Meio Ambiente

Com essa decisão, permanecem suspensas todas as atividades na lagoa artificial na Praia do Figueira

Por Gabriel de Matos | 29/03/2025 21:25

Imasul exige instalação de barreiras para impedir acesso de visitantes à lagoa
Imagem aérea da Praia da Figueira com a sua lagoa artificial (Foto: Divulgação)

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) determinou que a lagoa artificial da Praia da Figueira, em Bonito, permaneça interditada, e exigiu a instalação de barreiras físicas e educativas para impedir o acesso dos visitantes à água. A decisão veio após a revogação parcial da suspensão da Licença de Operação do empreendimento, permitindo a retomada das atividades terrestres que não envolvam a lagoa.

O Imasul determinou a interdição da lagoa artificial da Praia da Figueira, em Bonito, após ataques de tambaquis a banhistas, resultando em ferimentos graves. A licença de operação foi parcialmente revogada, permitindo apenas atividades terrestres. A Prefeitura de Bonito busca reforçar a segurança turística após incidentes de amputações. Além disso, o Ministério Público investiga possíveis crimes ambientais, como desvio de água do Rio Formoso e introdução de espécies exóticas. A administração da praia mantém o valor dos passeios, apesar da interdição da lagoa. O Imasul seguirá monitorando as medidas de segurança e preservação.

A interdição ocorre em meio a uma série de incidentes envolvendo ataques de peixes da espécie tambaqui a banhistas. A Prefeitura de Bonito acionou o Governo do Estado para revisar a segurança nos atrativos turísticos após diversos casos de amputações e ferimentos causados pelos peixes.

Um dos casos mais recentes envolveu uma turista que perdeu um dedo após ser mordida enquanto nadava na lagoa. “Isso era para ser uma viagem inesquecível, mas se transformou em um pesadelo. Sonho com o peixe até hoje. Eu lembro dele”, relatou.

Além dos ataques, o Ministério Público investiga a operação da Praia da Figueira por suposto desvio ilegal de água do Rio Formoso para abastecimento da lagoa artificial. A liberação de espécies exóticas, como os tambaquis, fora de seu habitat natural, também está sob apuração e pode configurar crime ambiental.

A administração da Praia da Figueira informou que a lagoa foi fechada na última quarta-feira (26) para manutenção, mas que o restante do empreendimento foi liberado para funcionamento. Mesmo com a interdição da principal atração, o valor dos passeios segue inalterado. O Imasul reforçou que seguirá monitorando o cumprimento das exigências para garantir a segurança dos visitantes e a preservação ambiental.

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