O grupo ativista climático britânico Just Stop Oil disse nesta quinta-feira, 27, que encerrará seus protestos radicais, após o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, anunciar que não emitirá novas licenças para explorar campos de petróleo e gás — a principal demanda do movimento. Em comunicado em vídeo, o coletivo disse que a recente decisão do governo, acatando os pedidos dos ativistas, tornou o Just Stop Oil “uma das campanhas de resistência civil mais bem-sucedidas da história recente”.
“Três anos depois de surgir em cena em um clarão laranja, no final de abril penduraremos os hi vis”, disse o grupo, em referência ao uso frequente de coletes de segurança laranja fluorescentes nas manifestações.
O coletivo climático convocou “uma ação final” na Praça do Parlamento de Londres para 26 de abril. Depois disso, “não tomará nenhuma ação sob a bandeira Just Stop Oil”, informou um assessor do Just Stop Oil à emissora americana CNN. Os ativistas passarão a adotar uma “abordagem diferente” para lutar contra “uma classe política moralmente falida”, em meio ao aumento das temperaturas mundo afora, resultado da mudança climática provocada pela ação humana.
Protestos controversos
Formado em 2022, o movimento entrou no centro dos holofotes por protestos controversos, como quando duas integrantes lançaram uma lata de sopa contra um quadro de Vicent Van Gogh. Em outro episódio, duas ativistas — uma delas idosa — quebraram o vidro de segurança que protegia a Magna Carta na Biblioteca Britânica de Londres. Dois deles também borrifaram tinta em pó laranja em Stonehenge, um Patrimônio Cultural da UNESCO, datado do período Neolítico.
Além disso, os manifestantes sentaram na pista de Fórmula 1 no Grande Prêmio de Silverstone, enquanto os carros retornavam aos boxes em baixa velocidade, em 2022. No mesmo ano, realizaram um grande protesto em rodovias em Londres e incentivaram ativistas a subirem em pórticos por quatro dias. Como consequência, quatro participantes do Just Stop Oil — Roger Hallam, 58, Daniel Shaw, 38, Louise Lancaster, 58, Lucia Whittaker De Abreu, 35, e Cressida Gethin, 22 — foram condenados à prisão no ano passado.
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