
A guerra comercial entre Canadá e Estados Unidos está causando um colapso no tráfego aéreo entre os dois países. Dados da empresa de análise de aviação OAG, publicado na quarta-feira 26, apontam uma queda superior a 70% nas reservas de voos nos últimos meses, em meio ao aumento das tarifas americanas sobre produtos canadenses e à crescente insegurança entre os viajantes.
De acordo com a OAG, mais de 320 mil assentos de companhias que operam entre os dois países foram retirados de circulação até outubro de 2025, com os maiores cortes ocorrendo nos meses de verão, tradicionalmente o período de maior demanda.
O pano de fundo dessa crise é a escalada tarifária promovida pelo governo de Donald Trump. Em sua medida mais recente, o presidente dos EUA elevou as tarifas sobre metais canadenses para 25%, atingindo duramente um dos principais setores da economia do Canadá. O país, maior fornecedor de aço e alumínio para os EUA, reagiu com um pacote de tarifas retaliatórias no valor de 29,8 bilhões de dólares canadenses (20,7 bilhões de dólares americanos), atingindo produtos americanos como eletrônicos, materiais esportivos e eletrodomésticos.
Para o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, as ações de Trump são um “ataque direto” aos trabalhadores e empresas canadenses. O impacto imediato foi sentido na retração da aviação comercial, mas a incerteza diplomática e a tensão na relação bilateral podem ter desdobramentos ainda mais graves.
Além das sanções econômicas, outro fator contribui para o desinteresse dos canadenses em viajar para os EUA: o aumento da repressão imigratória. Relatos de detenções arbitrárias e interrogatórios prolongados realizados pela Agência de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) têm gerado insegurança entre os viajantes.
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