O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, anunciou nesta quinta-feira, 27, que o país está prestes a fechar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), desta vez para um empréstimo de US$ 20 bilhões (cerca de 123 bilhões de reais). Segundo Caputo, o valor do financiamento já foi acordado com o fundo, mas ainda depende de aprovação, em um momento em que o país sofre forte pressão cambial.
Além do crédito com o FMI, o ministro argentino também anunciou que o governo está negociando “um pacote adicional” com outros organismos, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para fortalecer suas reservas em meio à pressão sobre o peso argentino, que resultou na perda de mais de US$ 1,2 bilhão (cerca de 7 bilhões de reais) das reservas internacionais na última semana.
De acordo com Caputo, o valor “não será para financiar despesas, mas para recapitalizar o ativo do Banco Central” e “acabar com o estresse do dólar na Argentina”.
“Quando você vê as reservas brutas e adiciona o que vem (do FMI), essas reservas vão subir para cerca de 50 bilhões de dólares”, disse ele.
O presidente argentino Javier Milei já havia autorizado a negociação com o FMI por meio de um decreto assinado há duas semanas. Atualmente, a Argentina tem uma dívida superior a US$ 40 bilhões com o órgão.
Espera-se que o novo acordo com o FMI, com prazo de pagamento de dez anos, viabilize um fluxo de assistência financeira ao país, que precisará, em troca, investir em reformas estruturais e medidas para estabilizar a economia
A desvalorização do peso e seus possíveis efeitos sobre os preços representam um risco para Milei, que tem o controle da inflação como uma de suas principais bandeiras. Desde que assumiu a presidência, a inflação caiu de 211% em 2023 para 118% no ano passado.
O país registrou um superávit fiscal de 1 bilhão de dólares em fevereiro, alcançando o seu 13° superávit mensal desde que Milei chegou à Casa Rosada. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou na semana passada um ranking sobre previsão de crescimento anual dos países para 2025, com a Argentina ocupando o segundo lugar da lista, atrás apenas da Índia.
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