O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pediu “isenção” dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que participaram do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado.
“Tem coisas que são fundamentais, que não existe justiça e democracia se não acontecer, que é ter um juiz isento. Imagine alguém te julgar e não ser isento. Então, a gente espera que os juízes sejam isentos, porque senão, não tem justiça. Se o juiz já sabe e vai tomar a decisão dele não pelo o que está nos autos, mas por uma questão pessoal, a gente deseja que seja isento”, comentou.
Nunes também pediu que o processo seja transparente e que todas as partes envolvidas na denúncia da PGR tenham “amplo direito à defesa”.
“Precisamos esperar e aguardar, e não só esperar. Cobrar? Todos nós cobramos de que seja um processo transparente com isenção e direito de defesa para que, aí sim, tenha um processo justo, seja ele qual for”.
Além do comentário a respeito do julgamento, Nunes confirmou que irá participar do ato convocado por Bolsonaro no próximo mês. A manifestação pedirá a revisão da dosimetria da pena de Débora Rodrigues dos Santos, que pichou de batom a estátua “A Justiça”, em frente ao prédio do STF, durante os atos de 8 de janeiro de 2023.
“Uma costureira, com um filho de 10 anos e um filho de 7 anos, sem nenhum antecedente criminal, por portar um batom ter uma condenação de 14 anos. Isso não é razoável, isso não existe. Nem alguém que seja do PT, do PSOL, cubano, fidelista, do Fidel Castro pode ter, em sã consciência, uma aceitação sobre uma situação dessa”, encerrou.
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