A equipe médica à frente do tratamento do papa Francisco considerou encerrar os cuidados para que o pontífice pudesse morrer, disse Sergio Alfieri, à frente do time, ao jornal italiano Corriere della Sera, nesta terça-feira, 25.
“Tivemos que escolher se parávamos e o deixássemos ir ou forçávamos e tentávamos com todos os medicamentos e terapias possíveis, correndo o risco muito alto de danificar outros órgãos. E no final, seguimos esse caminho”, disse Alfieri.
Alfieri disse que a decisão de continuar com o tratamento foi tomada por Massimiliano Strappetti, enfermeiro de Francisco. Ele teria dito a Alfieri: “Tente de tudo, não vamos desistir”.
No domingo, depois de 38 dias internado no hospital público Gemelli, em Roma, Francisco recebeu alta, seguindo para a Casa Santa Marta, sua residência oficial no Vaticano, onde passará por um período de transição e repouso de pelo menos dois meses. Ele vai se recuperar sob monitoramento médico.
Também no domingo, ele apareceu na janela para saudar fieis aglomerados em Roma, no terceiro registro do papa desde o início de seu tratamento — um áudio ecoou na Praça São Pedro no dia 6 de março e uma foto foi divulgada em 16 de março.
Inicialmente diagnosticado com bronquite, seu quadro evoluiu para uma pneumonia nos dois pulmões, agravada por crises respiratórias. Durante o período, ele precisou de transfusões de sangue devido à queda de plaquetas e enfrentou um episódio de leve insuficiência renal, posteriormente controlado
Ao longo do tratamento, Francisco tomou antibióticos, corticoides e fez sessões intensivas de fisioterapia respiratória e motora. Durante algumas fases da internação, precisou ser assistido por ventilação mecânica com máscara. Nos últimos dias, apresentou melhora e vem reduzindo progressivamente o suporte de oxigênio, agora administrado apenas por cânulas nasais de alto fluxo.
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