Citando casos de “terrorismo doméstico”, o Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês) anunciou nesta segunda-feira, 24, a criação de uma força-tarefa com o objetivo de “reprimir ataques violentos à Tesla“, empresa de veículos elétricos do magnata Elon Musk, um dos principais aliados do presidente dos EUA, Donald Trump. Há meses, são relatados atos de violência e vandalismo contra carros, incluindo de propriedade individual, e instalações da Tesla, além de protestos.
Ainda na segunda-feira, a polícia de Austin, no Texas, recebeu uma ligação sobre possíveis bombas em uma concessionária da Tesla. Mais tarde, os agente revelaram que se tratavam de “dispositivos suspeitos” e que um esquadrão antibombas foi chamado, determinando que eram objetos “incendiários”.
No final de semana, o FBI já havia orientado americanos que ficassem alertas a sinais de ataques contra a Tesla, englobando desde concessionárias até organizações relacionadas à fabricante. O pedido também apelou para que comunicassem caso flagrassem pessoas vigiando propriedades da Tesla ou testemunhassem invasões a propriedades da empresa de Musk.
“O FBI tem investigado o aumento da atividade violenta em relação à Tesla e, nos últimos dias, tomamos medidas adicionais para reprimir e coordenar nossa resposta”, escreveu o diretor do FBI, Kash Patel, no X, antigo Twitter. “Isso é terrorismo doméstico. Os responsáveis serão perseguidos, capturados e levados à justiça.”
+ Vendas da Tesla seguem despencando na Europa em meio às interferências políticas de Musk
Tesla em apuros
As vendas e a participação no mercado da empresa de veículos elétricos despencaram na Europa em fevereiro, mostraram dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) divulgados nesta terça-feira, 25. Trata-se do segundo mês consecutivo de queda no continente, mesmo que europeus estejam progressivamente aderindo a veículos elétricos. A má notícia aterrissa enquanto Musk se envolve, cada vez mais, no governo dos EUA.
Em fevereiro do ano passado, a empresa controlava 2,8% do mercado total e 21,6% do mercado de veículos elétricos (BEV, sigla para carros movidos à bateria). Agora, detém cerca de 1,8% do geral e apenas 10,3% do setor de BEV. Ela vendeu menos de 17 mil automóveis na União Europeia (UE), Reino Unido e países da Associação Europeia de Livre Comércio no mês, contra 28 mil no mesmo período em 2024.
É apenas o início dos desafios da Tesla na Europa. A fabricante de Musk é dona de uma linha menor e datada quando comparada às montadoras modernas no continente e dos rivais chineses, que vendem carros mais baratos. A queda também ocorre após o seu envolvimento com as políticas de Trump e a sua participação em comícios do partido de extrema direita alemão AfD, levando à queda de prestígio da Tesla na região. Antes, ele fez uma saudação entendia por muitos como nazista.
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