25 de março de 2025

EUA e Ucrânia planejam encontro nesta terça para n…

Um dia após o encontro entre russos e americanos, autoridades dos Estados Unidos e da Ucrânia planejam se reunir nesta terça-feira, 25, em Riad, capital da Arábia Saudita, para tratar sobre as negociações para o fim da guerra no Leste Europeu. Na véspera, as discussões avançaram especificamente em um acordo paralelo de cessar-fogo limitado ao Mar Negro, mas sem estabelecer uma proposta mais ampla.

Trata-se de um novo capítulo das tentativas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de colocar um ponto final definitivo no conflito, iniciado há mais de três anos. Na corrida eleitoral, ele prometeu encerrar a guerra na Ucrânia “em 24 horas” caso retornasse à Casa Branca. Uma fonte do governo americano disse à agência de notícias Reuters que as tratativas em Riad terminariam em “anúncio positivo”, que deverá ser divulgado “em um futuro próximo”.

Outra fonte, da Rússia, informou à agência que as negociações desta segunda-feira, 24, foram concluídas com um rascunho de declaração conjunta, que será avaliado por Moscou e Washington. Acredita-se que o comunicado será veiculado ainda nesta terça. Em contrapartida, em declarações anteriores, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que nenhum pronunciamento unificado seria publicado.

Discussões com a Rússia

Na véspera, a Casa Branca afirmou que o objetivo das conversas é chegar a um consenso para permitir o livre fluxo de transporte no Mar Negro, embora a área não tenha sido o local de operações militares intensas nos últimos meses. “Isso é principalmente sobre a segurança da navegação”, disse Peskov, observando que um acordo anterior sobre transporte marítimo, negociado em 2022, não conseguiu entregar o que havia prometido a Moscou.

Andrew Peek, diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, e Michael Anton, alto funcionário do Departamento de Estado, lideraram a delegação dos Estados Unidos. Já a Rússia foi representada por Grigory Karasin, ex-diplomata que agora é presidente do Comitê de Relações Exteriores da câmara alta do parlamento russo, e por Sergei Beseda, assessor do diretor do Serviço Federal de Segurança, a agência que sucedeu a KGB da era soviética.

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De acordo com a agência de notícias russa Interfax, Karasin afirmou que, após quase três horas de negociações, as consultas estavam progredindo “criativamente” e que os dois lados discutiram questões consideradas “irritantes” em seus laços bilaterais.

Trump, que vem intensificando os esforços para encerrar a guerra na Ucrânia (por meios dos quais aliados tradicionais na Europa desconfiam), expressou ampla satisfação com o andamento das negociações e elogiou o envolvimento do homólogo russo, Vladimir Putin, no processo até agora. No sábado 22, ele afirmou que o conflito estava “um tanto sob controle”. Ainda assim, há ceticismo entre as principais potências europeias, que não acreditam que Moscou fará concessões significativas.

Após um telefonema com Trump na semana passada, Putin disse que está pronto para discutir a paz, mas reiterou suas condições maximalistas: que a Ucrânia deve abandonar o projeto de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e retirar seu exército de todas as quatro regiões ucranianas reivindicadas pela Rússia. Além disso, atrelou o fim da guerra à suspensão da assistência militar de países ocidentais a Kiev.

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