O jornalista e editor-chefe do The Atlantic, Jeffrey Goldberg, disse que a afirmação do Secretário de Defesa, Pete Hegseth, de que “ninguém estava enviando planos de guerra por mensagem de texto” era uma mentira.
Em entrevista à CNN, na segunda-feira (24), Goldberg disse que os principais membros do gabinete de Donald Trump estavam enviando informações altamente confidenciais sobre ataques militares dos EUA no Iêmen em um bate-papo em grupo ao qual ele foi adicionado acidentalmente.
“Não, isso é mentira. Ele estava enviando planos de guerra por mensagem de texto. Ele estava enviando planos de ataque por mensagem de texto — quando os alvos seriam alvejados, como seriam alvejados, quem estava nos alvos, quando a próxima sequência de ataques aconteceria”
Jeffrey Goldberg
O jornalista disse que não incluiu os planos específicos em sua história, publicada na segunda-feira, porque sentiu que era “muito confidencial, muito técnico” e que revelar as informações ao público poderia colocar em risco o pessoal militar americano.
“O que é do interesse público é que eles estavam executando um plano de guerra em um aplicativo de mensagens e nem sabiam quem foi convidado para a conversa”, afirmou.
Goldberg disse que inicialmente pensou que estava sendo submetido a uma operação de influência de inteligência estrangeira. Depois que percebeu que o bate-papo era real, ele se retirou e começou a escrever a história “para expor a violação de segurança”.
“Não posso entrar em detalhes, toda a tomada de decisão envolvida nisso”, observou ele. “Mas descobri o que precisava descobrir”, acrescentou.
O governo Trump reconheceu que as mensagens, enviadas pelo aplicativo de bate-papo criptografado não governamental Signal, parecem ser autênticas.
Quando perguntado se havia descoberto quem deveria ser adicionado ao bate-papo, Goldberg disse que poderia ter sido “um nome digitado incorretamente. Não precisa necessariamente ser alguém com as iniciais JG”.
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