25 de março de 2025

Papa Francisco faz primeira aparição pública na ja…

O papa Francisco apareceu neste domingo, 23, pouco depois do meio-dia (8h em Brasília), na janela do primeiro andar do hospital público Gemelli para saudar os fiéis e dar sua bênção, após a divulgação por escrito do texto da oração do Angelus (pela sexta vez consecutiva). Dezenas de pessoas se aglomeraram em Roma para ter a chance de ver o principal líder da Igreja Católica ao vivo. Trata-se do terceiro registro do pontífice desde o início de seu tratamento há 38 dias – um áudio ecoou na Praça São Pedro no dia 6 de março e uma foto foi divulgada em 16 de março.

Ontem à tarde, a equipe médica que cuida do papa Francisco, 88 anos, confirmou a alta do pontífice, em briefing com jornalistas. Luigi Carbone, da Santa Sé, e Sergio Alfieri, chefe da equipe do hospital, destacaram que ele seguirá para a Casa Santa Marta, sua residência oficial no Vaticano, onde passará por um período de transição e repouso de pelo menos dois meses. Ele vai se recuperar sob monitoramento médico.

“Ele vai ter alta e retorna à Casa Santa Marta”, afirmou Alfieri. Durante esse período de recuperação, o papa deverá evitar grandes encontros e esforços físicos. Foi a segunda entrevista coletiva convocada para atualizar o estado de saúde do pontífice desde que ele foi internado, em 14 de fevereiro, após apresentar dificuldades na fala enquanto lia um texto em público. Inicialmente diagnosticado com bronquite, seu quadro evoluiu para uma pneumonia nos dois pulmões, agravada por crises respiratórias. Durante o período, ele precisou de transfusões de sangue devido à queda de plaquetas e enfrentou um episódio de leve insuficiência renal, posteriormente controlado.

Ao longo do tratamento, Francisco tomou antibióticos, corticoides e fez sessões intensivas de fisioterapia respiratória e motora. Durante algumas fases da internação, precisou ser assistido por ventilação mecânica com máscara. Nos últimos dias, apresentou melhora e vem reduzindo progressivamente o suporte de oxigênio, agora administrado apenas por cânulas nasais de alto fluxo.

Francisco manteve sua rotina de orações e trabalho, mesmo debilitado. Ele participou de missas, recebeu a eucaristia e continuou despachando documentos, além de manter contato próximo com seus principais assessores, como o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado. Mesmo ausente, seguiu acompanhando os assuntos do Vaticano e a agenda da Igreja Católica.

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Angelus

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!

A parábola que encontramos no Evangelho de hoje nos fala da paciência de Deus, que nos exorta a fazer de nossa vida um tempo de conversão. Jesus usa a imagem de uma figueira estéril, que não produziu os frutos esperados e que, no entanto, o agricultor não quer cortar: deseja adubá-la mais uma vez para ver “se dará fruto no futuro” (Lc 13,9). Esse agricultor paciente é o Senhor, que trabalha com zelo o terreno de nossa vida e aguarda confiante o nosso retorno a Ele.

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Neste longo período de recuperação, tive a oportunidade de experimentar a paciência do Senhor, que vejo também refletida na dedicação incansável dos médicos e dos profissionais da saúde, assim como nos cuidados e nas esperanças dos familiares dos doentes. Essa paciência confiante, ancorada no amor de Deus que nunca falha, é verdadeiramente necessária à nossa vida, especialmente para enfrentar as situações mais difíceis e dolorosas.

Entristece-me a retomada dos pesados bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, com tantas mortes e feridos. Peço que as armas se calem imediatamente e que se tenha a coragem de retomar o diálogo, para que todos os reféns sejam libertos e se alcance um cessar-fogo definitivo. Na Faixa de Gaza, a situação humanitária é novamente gravíssima e exige o compromisso urgente das partes beligerantes e da comunidade internacional.

Alegra-me, por outro lado, que a Armênia e o Azerbaijão tenham acordado o texto definitivo do Acordo de Paz. Espero que seja assinado o quanto antes e possa, assim, contribuir para estabelecer uma paz duradoura no sul do Cáucaso.

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Com tanta paciência e perseverança, vocês continuam a rezar por mim: agradeço-lhes muito! Eu também rezo por vocês. E juntos imploramos pelo fim das guerras e pela paz, especialmente na martirizada Ucrânia, na Palestina, em Israel, no Líbano, em Mianmar, no Sudão e na República Democrática do Congo.

Que a Virgem Maria nos proteja e continue a nos acompanhar no caminho rumo à Páscoa.

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