O e-commerce brasileiro faturou R$ 8,3 bilhões na semana do consumidor de 2025, período de promoções que acontece entre os dias 10 e 16 de março, segundo levantamento da Neotrust Confi cedido com exclusividade à CNN.
O resultado representa uma alta de 13,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o setor levantou R$ 7,3 bilhões.
Ao analisar o número de produtos comercializados, o crescimento foi ainda mais expressivo. Ao todo, foram 61 milhões de itens foram vendidos via e-commerce, o que representa uma alta de 27,8%.
Mas, o movimento positivo não foi constante durante toda a semana.
No dia do consumidor, comemorado em 15 de março, houve uma queda de 8,8% no faturamento: R$ 1,2 bilhão em 2025 contra R$ 1,3 bilhão no ano anterior.
Segundo Vanessa Martins, Head de Marketing na Confi, a baixa no dia aconteceu devido ao prolongamento das campanhas promocionais dos varejistas para além da semana de ofertas em si.
“Alguns lojistas virtuais têm trabalhado com a estratégia de mês do consumidor, espalhando as ações promocionais durante todo o mês de março. É um movimento similar ao que foi acontecendo com a Black Friday no decorrer dos anos”, explica Martins.
Altas por segmentos
Segundo levantamento, o segmento que mais cresceu foi o da saúde, com faturamento de R$ 450,6 milhões e 78,9% de aumento em relação a 2024. A categoria foi alavancada pela venda de remédios, que cresceu 91%.
Em segundo lugar vem o setor de utilidades domésticas, que teve alta de 41,5% e faturamento de R$ 229,4 milhões no período. Duas subcategorias impulsionaram esse avanço: pratos e talheres (+84%) e panelas (+58,3%).
Já o terceiro lugar ficou com o segmento de beleza e perfumaria, que cresceu 18,1%, sendo puxado pelos produtos para cabelos, que aumentaram suas vendas em 22,4%.
E, para seguir no mesmo ritmo do ano passado, o quarto setor mais representativo para a semana do consumidor foi o de eletrodomésticos. Em 2025, os produtos dessa categoria geraram R$ 767,4 milhões, mantendo estabilidade em relação a 2024.
Melhores e piores desempenho
Ao explorar os segmentos que melhoraram ou pioraram seu desempenho, o estudo apontou duas melhores e pioras em relação a 2024.
O de móveis foi o que performou melhor, com 16% de aumento, seguido pelo de telefonia com crescimento discreto de 2,6%.
Já moda e acessórios registrou a maior queda entre as categorias do Top 5, com redução de 22,7% no comparativo com o ano passado. Sendo seguido pela venda de eletrônicos, que caiu 7,4%.
Por regiões
Todas as regiões do país melhoraram seu faturamento na semana do consumidor, sendo o Norte a que apresentou maior alta, com 21,7%, fomentado pelos resultados de Roraima (+72,5%) e Amazonas (+24%) e o Nordeste a que registrou o menor crescimento, de apenas 11,5%.
Já o sudeste manteve a maior concentração em faturamento – 57,4% do total do país – com crescimento ano a ano de 14%, motivado pelas altas de 20,7% no Espírito Santo, 16,7% no Rio de Janeiro e 13,4% em São Paulo.
*Sob supervisão de João Nakamura
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