As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que o chefe da inteligência militar do Hamas no sul da Faixa de Gaza, Osama Tabash, foi morto em um ataque aéreo nesta quinta-feira 20. Tabash também atuou como líder da unidade de vigilância e alvos do grupo palestino radical, sendo considerado uma “fonte significativa de conhecimento” para os militantes, disse o comunicado conjunto das FDI com o Shin Bet, a agência de inteligência e segurança interna israelense.
“Ao longo dos anos, ele esteve envolvido em atividades terroristas e na direção de ataques, incluindo um atentado suicida realizado em 2005 no cruzamento de Gush Katif, na Faixa de Gaza, no qual o coordenador do Shin Bet, Oded Sharon, foi morto”, apontou a declaração, acrescentando que Tabash foi “responsável pelo planejamento e coordenação de alvos e objetivos de infiltração” nos ataques de 7 de outubro.
“Além disso, no ano passado, ele esteve envolvido nos esforços de reforço de forças do Hamas e trabalhou para reconstruir suas capacidades militares após os danos sofridos durante a guerra”, continuou o texto.
A unidade de Tabash esteve envolvida na obtenção de dados e no monitoramento das operações das forças israelenses em Gaza para, então, direcionar ataques aos soldados do país, de acordo com as FDI. A sua morte, segundo o comunicado, reduz “as capacidades de coleta de informações do Hamas e suas tentativas de prejudicar as tropas das FDI que operam na área”.
+ Suprema Corte de Israel barra demissão de chefe do Shin Bet pelo governo
Problemas no Shin Bet
Um dia depois da morte de Tabash, a Suprema Corte de Israel emitiu uma liminar temporária nesta sexta-feira 21, congelando a decisão do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de demitir o chefe do Shin Bet, Ronen Bar, em meio a protestos contra seu afastamento.
A ordem veio apenas horas depois de o gabinete do premiê votar para demitir Bar até, no máximo, 10 de abril, e permanecerá em vigor até que o tribunal possa ouvir as petições que foram apresentadas pela oposição de Israel. Trata-se da primeira vez na história do país que um líder do Shin Bet é demitido pelo governo, segundo a imprensa israelense.
Após a liminar da Suprema Corte, a procuradora-geral de Israel, Gali Baharav-Miara, anunciou que Netanyahu está proibido de nomear um novo chefe para a agência de inteligência ou até mesmo conduzir entrevistas para o cargo.
Em resposta à decisão, o ministro das Comunicações, Shlomo Karhi, membro do partido de Netanyahu, o Likud, afirmou que os juízes não tinham o direito de interferir na decisão do governo.
“Bar terminará seu mandato em 10 de abril ou antes, com a nomeação de um chefe permanente do Shin Bet”, disse ele. “Vocês não têm autoridade legal para interferir nisso. Essa é a autoridade do governo. Seu pedido é nulo.”
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