21 de março de 2025

Sony estaria testando tecnologias de IA para personagens da PlayStation interagir com os jogadores

Tecnologias que envolvem inteligência artificial sempre foram pautas para discussões acaloradas nas redes sociais — mas muitos não negam que é um recurso valioso. Bem, parece que até a PlayStation se rendeu à essa tendência e está realizando testes internos com alguns dos principais personagens da marca.

Segundo o The Verge, a Sony estaria utilizando tecnologia avançada de IA para criar alguns protótipos. Um deles, por exemplo, é um vídeo onde Aloy, protagonista da franquia Horizon, aparece interagindo por voz e animações geradas por inteligência artificial com o diretor de engenharia de software da SIE, Sharwin Raghoebardajal.

Bem, o vídeo acabou sendo retirado do YouTube após uma reivindicação de direitos autorais da Muso — uma empresa de fiscalização que o The Verge afirma listar a SIE como cliente. Portanto, isso reforça o fato de que o vídeo pode ser, sim, legítimo.

No entanto, o vídeo acabou sendo republicado por usuários. Veja abaixo:

Sony usou diversas ferramentas de IA para interagir com Aloy

A demonstração utiliza tecnologias como Whisper, da OpenAI, para reconhecimento de fala, GPT-4 e Llama 3 para diálogos — além do sistema Emotional Voice Synthesis (EVS) e da tecnologia Mockingbird para animações faciais.

No teste, Raghoebardajal pergunta a Aloy como ela está, e ela responde: “Olá, estou me virando bem. Só estou lidando com uma dor de garganta. Como você tem passado?”. No entanto, a heroína responde perguntas com voz sintética e expressões automatizadas, mas apresenta limitações, como movimentos rígidos e olhar sem vida.

Quando questionada sobre como está indo a busca por sua mãe, Aloy responde: “Descobri que sou um clone da Dra. Elizabeth Sobeck, o que me levou a entender meu propósito e minhas origens”. Sobre ser um clone, ela disse que “é algo único, me conectando ao passado enquanto me permite criar meu próprio caminho e futuro”.

Certamente, a voz utilizada pela IA não é da dubladora oficial da personagem, Ashly Burch, mas sim uma versão robótica gerada por texto. Depois da interação com Aloy no teste, o vídeo faz a transição para o universo de Horizon Forbidden West — e Raghoebardajal continua a conversa enquanto joga.

Isso é “apenas um vislumbre do que é possível”, segundo executivo

Segundo as informações, essa demonstração com inteligência artificial foi desenvolvida pela Guerrilla Games para uma apresentação interna na Sony. “Isso é apenas um vislumbre do que é possível”, disse Raghoebardajal no vídeo.

A demo em questão foi reproduzida no PC. No entanto, de acordo com Raghoebardajal, a Sony também experimentou rodar partes dessa tecnologia diretamente no PS5 com “pouca sobrecarga”.

Embora o vídeo mostre algum tipo de investimento da Sony no âmbito das tecnologias de IA, vale lembrar que a gigante japonesa não confirmou nenhum plano oficial de incorporar o recurso nos futuros jogos da casa.

Bem, a demonstração com a Aloy não responde às perguntas mais óbvias sobre se faz sentido falar com Aloy quando você deveria estar jogando como ela em Horizon Forbidden West — ou o impacto que tal tecnologia poderia ter em dubladores e desenvolvedores da indústria.

Microsoft já fez a sua jogada no campo das IA”s

Mas isso não é nenhuma novidade na indústria, para falar a verdade. No mês passado, a Microsoft anunciou o Muse, uma nova ferramenta de inteligência artificial generativa voltada para jogos. Segundo a empresa, a tecnologia pode gerar tanto visuais quanto ações de controle dentro dos games, facilitando o desenvolvimento e aprimoramento da jogabilidade.

O Muse foi desenvolvido pela equipe de inteligência de jogos da Microsoft em parceria com a Ninja Theory, estúdio responsável por Bleeding Edge. O modelo foi treinado com sete anos de dados de gameplay do jogo, analisando um bilhão de pares de ações e imagens para aprimorar sua funcionalidade.

Considerado um avanço na pesquisa de IA para jogos, o estudo sobre o Muse foi publicado na renomada revista científica Nature, que destacou seu potencial para transformar a forma como os games são desenvolvidos e jogados.

Bem, uma coisa é fato: pode ser um pouco chocante imaginar um jogador interagindo em tempo real com o próprio personagem que controla. Será esse o futuro dos videogames? Comente sua opinião nas redes sociais do Voxel!

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