Wagner Vicente Pereira foi assassinado e enterrado na área de serviço de uma residência no Bairro Amambaí

O réu Everson dos Santos Alencar, de 35 anos, foi condenado nesta sexta-feira (14) por homicídio qualificado e ocultação de cadáver do ex-namorado Wagner Vicente Pereira da Silva. O crime ocorreu em novembro de 2023. A decisão foi tomada pelo Tribunal do Júri de Campo Grande, durante julgamento no Fórum da Capital.
Everson dos Santos Alencar foi condenado a 20 anos e 8 meses de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Wagner Vicente Pereira da Silva, em Campo Grande. O crime, ocorrido em novembro de 2023, foi planejado por Everson junto com Talles Silva dos Santos e Andres Adonis Fajardo Llovera. Wagner foi asfixiado e enterrado em uma cova rasa na casa de Everson. A motivação do crime foi ciúmes, após Wagner ser visto com carros e roupas novas. Everson também deverá indenizar a família da vítima em R$ 10 mil. Talles e Andres já haviam sido condenados anteriormente.
Conforme a denúncia, Everson foi pronunciado junto com Talles Silva dos Santos e Andres Adonis Fajardo Llovera, mas pediu para ser julgado separadamente. Em 19 de novembro, os três mataram Wagner por asfixia.
Os acusados planejaram a morte da vítima, cavaram um buraco raso na residência e saíram à procura de Wagner. Ao encontrá-lo, induziram-no a ir até a casa de Everson, onde ele foi agredido. Ainda segundo a denúncia, Everson e Talles seguraram a vítima enquanto Andres a asfixiava com um fio até a morte.
De acordo com a promotora de Justiça, as investigações apontaram que Everson agiu com frieza, sendo o mentor do crime. Após matarem e enterrarem Wagner, ele picotou as roupas da vítima e comprou cimento para ocultar o corpo.
O réu foi condenado a 20 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de 40 dias-multa. Também deverá indenizar os sucessores da vítima em R$ 10 mil.
Em 7 de novembro, Andres foi condenado a 15 anos de prisão e ao pagamento de 40 dias-multa, enquanto Talles recebeu pena de 15 anos e 3 meses, com 32 dias-multa. Ambos foram julgados juntos pelo Tribunal do Júri.


O crime – Wagner foi assassinado e enterrado na área de serviço de uma residência na Rua dos Barbosas, Bairro Amambaí, em Campo Grande. Ele foi morto pelo companheiro, que usou um cabo de televisão para enforcá-lo. Inicialmente, a motivação do crime foi atribuída a uma suposta traição.
O caso foi investigado pela DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e de Proteção à Pessoa), que prendeu quatro pessoas. Além de Andres e Talles, foram detidos Everson, 35 anos, e Maria Nazaré Carneiro da Silva, 50. Segundo depoimentos, Wagner era usuário de pasta base e vivia na rua, sustentado por Everson. Nos últimos dias, passou a ser visto com carros diferentes e roupas novas, o que despertou ciúmes no companheiro.
No dia do crime, Everson, Talles e Andres ingeriam bebidas alcoólicas quando uma mensagem no WhatsApp desencadeou o plano. O texto, enviado para Wagner, marcava um encontro amoroso. O trio cavou uma cova rasa perto do tanque em um corredor estreito da casa. Em seguida, saiu e encontrou Wagner usando drogas perto do Horto Florestal.
Everson convenceu o companheiro a ir até a casa, onde o confrontou sobre um furto ocorrido no imóvel e uma suposta tentativa de assédio contra Andres. A vítima confessou, houve uma discussão e, em seguida, os três o esganaram com um fio elétrico. Com a cova pronta, Wagner foi colocado em posição fetal, com mãos e pés amarrados por uma corda de varal.
Maria Nazaré, vizinha da casa e funcionária de uma funerária, mantinha contato com Everson e teria orientado sobre como esconder o corpo. Após o crime, recomendou que comprassem cal para mascarar o cheiro. No local, a polícia apreendeu 8 kg de cal, 20 kg de areia, 20 kg de pedra e 20 kg de cimento.

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