Os centros de detenção de imigrantes nos Estados Unidos chegaram ao limite, com 47.600 detidos, relatou uma autoridade sênior do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) à agência de notícias Reuters nesta quarta-feira, 12. O número recorde reflete a política de endurecimento anti-imigração ilegal desde a posse do presidente Donald Trump.
Sem espaço suficiente para comportar novos detidos, o governo negocia com o Congresso para um aumento emergencial de financiamento para expandir os centros de detenção.
Além disso, empresas privadas que administram presídios para imigrantes já preveem um aumento na receita com a expansão do programa. Espera-se que o governo Trump use milhares de leitos adicionais nessas instalações como parte de seu esforço de deportação em massa.
O “czar da fronteira” do governo, Tom Homan, já deixou claro que essa é apenas a fase inicial das operações. “Precisamos de mais deportações, muitas mais”, afirmou.
Como consequência de muitas das detenções, o governo de Donald Trump deportou 37.660 imigrantes durante o seu primeiro mês, finalizado em 20 de fevereiro. À agência de notícias Reuters, um funcionário do alto escalão do governo afirmou que o ritmo das deportações deve aumentar nos próximos meses, com base em novas estratégias de detenção e acordos com países da América Central, que visam acelerar a remoção de imigrantes.
A administração Trump já iniciou o uso de voos militares para deportações, enviando migrantes para países como Guatemala, Honduras, Panamá, Equador, Peru e Índia. O governo também transferiu venezuelanos para a base naval de Guantánamo, onde Trump pretende deter até 30.000 imigrantes.
Paralelamente, novas diretrizes facilitam a prisão de imigrantes sem antecedentes criminais e reforçam a fiscalização de empregadores que contratam trabalhadores sem status legal. Uma recente decisão do Departamento de Justiça reverteu restrições impostas durante a era Biden, permitindo prisões em tribunais de imigração. Além disso, a classificação de grupos criminosos como o Tren de Aragua, da Venezuela, e outras gangues, como organizações terroristas, pode ampliar as bases legais para deportações.
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