Até as 18h, Centro tem consultório a céu aberto para avaliar saúde do olho e rim

Ação é gratuita e realizada somente nesta quinta-feira (13) na Praça Ary Coelho, em Campo Grande

Médicos e outros profissionais de saúde farão exames gratuitos até as 18h desta quinta-feira (13), no Centro de Campo Grande, para diagnosticar doenças relacionadas aos rins, que também podem se manifestar no coração, pés e olhos.

Médicos e profissionais de saúde realizam exames gratuitos na Praça Ary Coelho, em Campo Grande, até as 18h de hoje, para diagnosticar doenças renais e relacionadas, como hipertensão e diabetes. A ação, promovida pela Abrec em alusão ao Dia do Rim, oferece aferição de pressão, teste de glicemia e avaliação de risco para doença renal. A nefrologista Maria Aparecida Arroyo alerta para a prevenção, já que doenças renais são silenciosas e progressivas. Oftalmologista Vanessa Barbieri realiza exames de fundo de olho para detectar retinopatia diabética, destacando a importância do diagnóstico precoce.

Tendas e mesas estão dispostos num consultório a céu aberto montado na Praça Ary Coelho, que já estava lotado por volta das 9h. A estagiária de serviço social Vanessa Oliveira, 39, foi uma das primeiras atendidas.

“Fiz exames e descobri que estou pré-diabética. Minha pressão estava alta também. Tenho histórico de hipertensão e diabetes na família, por isso, fiquei preocupada e estou aqui para me cuidar. Precisamos cuidar da saúde. Quanto mais cedo começar, melhor”, falou.

Pessoas de todas as idades podem fazer aferição de pressão arterial, avaliação do IMC (Índice de Massa Corporal), teste de glicemia, teste do fundo do olho (retinopatia) e avaliação de risco para doença renal crônica com exame de creatinina.

O público 60+ tem prioridade. Quem apresentar alguma alteração importante poderá ser encaminhado a um nefrologista, médico que trata dos rins.

Já na fase grave – A ação é realizada pela Abrec (Associação Beneficente dos Renais Crônicos) de Campo Grande em alusão ao Dia do Rim, que é hoje.

Presidente e fundadora da instituição, a médica nefrologista Maria Aparecida Arroyo ressalta que as doenças renais são silenciosas e que a prevenção é fundamental para evitar casos graves.

“A doença renal crônica é considerada uma epidemia do século 21 porque o paciente já chega ao médico ao ponto de ter que fazer hemodiálise. Queremos alertar que é uma doença que pode ser evitada com prevenção”, disse.

Ela também destaca o que nem todo mundo sabe: a hipertensão e a diabetes são as principais causas de doença nos rins. Os efeitos demoram muito para aparecer e os pacientes costumam descobrir já na fase grave.

“É uma doença preventiva, silenciosa, progressiva e lenta e a gente não pode só fazer o corretivo, que é a diálise, procedimento que afeta muito a qualidade de vida do paciente e o obriga a ir três vezes por semana numa clínica ou hospital”, alerta Maria.

Olhos – Oftalmologista no Hospital São Julião, Vanessa Barbieri participa da ação como voluntária. Ela é quem está fazendo os exames de fundo de olho.

A médica explica que o procedimento pode diagnosticar a retinopatia diabética, uma doença vascular ligada ao metabolismo de açúcar no sangue, que afeta não só os rins, mas também os olhos. “Assim, conseguimos detectar a doença antes do paciente ter a visão diminuída, e tratar antes de evoluir para a cegueira”, afirma.

Ela se preocupa com estatísticas que o São Julião apurou: pacientes ficam até cinco anos sem saber que têm retinopatia diabética. Além disso, 80% chega no hospital já com a forma grave da doença.

“Quando começam a suspeitar, vão para uma UBS (Unidade Básica de Saúde), depois para o CEM (Centro de Especialidades Médicas) e só depois para o São Julião aqui em Campo Grande. Um estudo mostra que ele demora por volta de dois anos só para conseguir ser encaminhado ao hospital”, conclui.