13 de março de 2025

Bilionários da tecnologia perdem US$ 266 bilhões em 2025 – Coluna do The BRIEF

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Bilionários da tecnologia perdem US$ 266 bilhões em 2025

Oito dos maiores nomes da tecnologia viram sua fortuna encolher US$ 266 bilhões este ano, com Elon Musk liderando as perdas após uma queda de 45% nas ações da Tesla, que apagou US$ 132 bilhões (30%) de seu patrimônio. Outros afetados incluem Jeff Bezos, Larry Ellison, Michael Dell e Jensen Huang, todos com perdas superiores a US$ 20 bilhões, enquanto Larry Page, Sergey Brin e Steve Ballmer sentiram um pouco menos a turbulência nos mercados.

A queda do Nasdaq, que despencou 4% na segunda-feira, foi a pior desde 2022 e veio após Donald Trump alertar sobre uma “transição econômica”, sem descartar uma recessão. Suas políticas de tarifas, cortes fiscais e desregulamentação têm aumentado as incertezas, reduzindo o otimismo com a IA que impulsionava o setor. Enquanto isso, bilionários menos expostos à tecnologia, como Warren Buffett e Bernard Arnault, continuam no azul.

Apesar das perdas, os magnatas da tecnologia ainda não precisam de vaquinha: em 2024, os 10 mais ricos adicionaram meio trilhão às suas contas, acumulando um patrimônio equivalente ao valor de mercado da Amazon ou do Google. O jogo virou, mas tá longe de acabar.

Mark Cuban: IA não é a resposta, é a ferramenta

No SXSW, o investidor Mark Cuban deixou claro: IA não é um atalho para o sucesso, mas uma ferramenta poderosa para amplificar habilidades e acelerar negócios. Ele aconselhou empreendedores a passarem “cada minuto acordado” aprendendo sobre IA, pois quem não usar ficará para trás. Plataformas como ChatGPT, Claude e Gemini podem atuar como mentores, ajudando em pesquisas, e-mails e vendas.

Cuban destacou que, apesar de erros e “alucinações”, até especialistas humanos falham, e a IA pode oferecer insights valiosos. No entanto, ele alertou para a armadilha da dependência excessiva. “Seus concorrentes estarão usando IA para potencializar suas habilidades — a questão é se você fará o mesmo ou ficará para trás.”

O investidor também provocou os criativos: IA pode gerar vídeos e roteiros, mas “ainda são ruins”. A criatividade humana segue insubstituível, e o diferencial está em usar IA como apoio, não como substituto.

Nissan troca CEO em meio a crise

A Nissan anunciou Ivan Espinosa como seu novo CEO, substituindo Makoto Uchida, que comandava a empresa desde 2019. A mudança ocorre em um momento difícil: queda de vendas, fracasso nas negociações de fusão com a Honda e ameaça de novas tarifas nos EUA. No último trimestre, a montadora viu seu lucro operacional despencar 90%, pressionada pela forte concorrência de montadoras chinesas no setor elétrico.

Uchida tentou reverter a crise cortando produção e empregos, além de reformular a histórica aliança com a Renault, mas não conseguiu acompanhar a rápida transição para veículos elétricos. A possível fusão com a Honda, que poderia criar um gigante automotivo, fracassou após a Nissan recusar ser subsidiária da rival. Com isso, investidores começaram a questionar sua liderança.

Espinosa assume sem apresentar um plano claro de reestruturação, mas reconhece que “a Nissan tem muito mais potencial do que mostra hoje”. Com os EUA como seu maior mercado e um terço das vendas americanas vindas do México, as políticas de Trump podem ser um novo desafio para a montadora, que já enfrenta dificuldades para manter sua relevância global.

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