13 de março de 2025

Quarta semana de hospitalização do papa Francisco…

Com o papa Francisco atravessando sua quarta semana de internação no hospital público Gemelli, em Roma, a incerteza sobre sua recuperação preocupa o Vaticano, segundo interlocutores ouvidos por VEJA. No ano do Jubileu da Esperança, foi criada uma programação extensa de missas e eventos. São esperados mais de 30 milhões de turistas circulando pela cidade em 2025. E não se vê uma foto ou vídeo do maior representante da Igreja Católica há 25 dias.

O cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado (apontado como papável), e o arcebispo Edgar Peña Parra, “substituto” e coordenador da Cúria Romana, estão sendo recebidos em audiência pelo Santo Padre e supervisionando as atividades mais importantes. Mas, a longo prazo, o que pode acontecer? Trata-se de uma pergunta ainda sem resposta.

O papa Francisco apresentou uma gradual e leve melhora no sábado, 8, segundo um comunicado do Vaticano. No entanto, seu estado de saúde ainda é “complexo” e exige cuidados. O pontífice se alimenta com comida sólida, participa de missas na capela do apartamento onde está internado e acompanhou no domingo, 9, exercícios espirituais da Cúria por vídeo. Da poltrona, segue governando: convocou um consistório (reunião formal para deliberação de ações da Igreja Católica), nomeou bispos — entre eles, o brasileiro Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, da diocese de Santos — e manteve sua ligação com fiéis. Também divulgou o texto do Angelus por quatro domingos, oração tradicional que celebra a aparição do anjo Gabriel à Virgem Maria para anunciar que ela seria a mãe de Jesus. Nesses documentos, criticou a guerra e clamou pelo “milagre da ternura”.

Na quinta-feira, 6 de março, ecoou na Praça São Pedro o primeiro áudio do pontífice desde sua hospitalização. Em 2013, Francisco assinou uma carta de renúncia — revelada apenas em 2022 — caso ficasse impossibilitado de exercer suas funções. Apesar disso, fontes vaticanas relatam que, embora haja especulações sobre um conclave, não há movimentações oficiais nesse sentido. A discussão ganhou força recentemente com a repercussão do filme de mesmo nome, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.

Um ponto a ser destacado é que nunca se ouviu falar tanto da saúde do papa. A decisão sobre a nova comunicação partiu do próprio Francisco para evitar a desinformação e as fake news. Segundo VEJA apurou com interlocutores, qualquer fato novo sobre o Santo Padre deve ser reportado imediatamente aos jornalistas. Essa postura aberta contrasta com papados anteriores, quando doenças graves só eram confirmadas após muitos anos ou até mesmo depois do óbito do pontífice.

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O início da semana deve trazer novos boletins e apontar novos caminhos para o futuro do papa Francisco, Os fiéis seguem rezando por sua recuperação.

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