13 de março de 2025

Presidente da Síria pede ‘união’ depois do massacr…

Centenas de civis morreram em ações das forças de segurança sírias em redutos da minoria alauíta. Foram três dias de confrontos na Síria, os mais violentos desde a queda do ditador Bashar Assad, em dezembro, que ficou 14 anos no governo. O Observatório Sírio para os Diretos Humanos, ONG sediada na Inglaterra, contabiliza mil vítimas fatais, executadas “a sangue frio”, sendo pelo menos 745 civis. A entidade classifica o confronto como “massacre sectário”, cometido pelas forças de segurança nas províncias costeiras de Lataika e Tartous, locais conhecidos como redutos aluaítas, grupo étnico-religioso minoritário, xiita, correspondente a 15% da população síria, que costumavam ocupar altos cargos no governo anterior.

O atual governo está em uma campanha de repressão em regiões costeiras do país, ocupada ainda por minoria alauita, que resiste à nova administração. O confronto eclodiu na última quinta-feira, em Latakia, depois que alauitas leais a Assad atacaram as forças de segurança do atual governo, que é fundamentalista, do mesmo tronco jihadista que deu origem a Al Qaeda, e mais tarde, ao Estado Islâmico. A partir desta ofensiva, o embate ganhou tons de vingança.

O presidente interino da Síria, Ahmed al Shaara, pediu neste domingo mais “unidade no país”. Durante discurso em uma mesquita da capital, Damasco, definiu o ocorrido como desafios que “eram previsíveis”. E completou: “Temos que preservar a unidade nacional, a paz civil, tanto quanto possível, e se Deus quiser, poderemos viver juntos nesse país.”

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