Depois de apresentar, na segunda-feira, 3, dois episódios de insuficiência respiratória aguda, o papa Francisco tem passado noites serenas. Na manhã deste sábado, 8, o Vaticano informou que o Santo Padre passou uma “noite tranquila” e está descansando. Ele está internado há 22 dias no hospital público Gemelli, em Roma, devido a uma bronquite que evoluiu para uma pneumonia.
Segundo interlocutores ouvidos por VEJA, o pontífice deve divulgar no domingo, 9, o texto do Angelus, a tradicional oração que celebra a aparição do anjo Gabriel à Virgem Maria. Pela quarta-vez consecutiva, ele não vai aparecer na janela do Vaticano para se dirigir aos fiéis.
Na quinta-feira, 6, ecoou na Praça São Pedro o primeiro registro em áudio de 23 segundos do pontífice desde sua internação. No áudio, divulgado em espanhol – língua materna do argentino Jorge Mario Bergoglio –, veio um agradecimento pela comoção de fiéis mundo afora com sua condição de saúde.
“Agradeço do fundo do coração suas orações pela minha saúde da Praça, acompanho vocês daqui. Que Deus os abençoe e a Virgem os proteja. Obrigado”, declarou o pontífice. No aúdio, nota-se que ele fala com dificuldade.
Há doze dias, a Secretaria de Estado e a Diocese de Roma vêm realizando encontros consecutivos de oração à noite, o Santo Rosário, abertos a quem quiser participar.
Enquanto Francisco permanece internado, milhares de fiéis do mundo inteiro se reúnem diante da Basílica de São Pedro para rezar o terço por ele.
Neste fim de semana, espera-se que cerca de 25.000 peregrinos de mais de 100 países se reúnam em Roma para o quinto grande evento do Jubileu, evento católico que é celebrado de 25 em 25 anos, que será dedicado ao mundo do voluntariado.
Haverá quase 15.000 voluntários somente da Itália e grupos menores de vários outros países – 124 participantes são esperados da Espanha, 123 dos Estados Unidos e 85 do Brasil. Delegações da Polônia, Argentina, México e Colômbia também estarão presentes, ao lado de representantes de países como Austrália, Chile, Equador e Índia.
Saúde do papa
Desde a primeira semana de internação, em 14 de fevereiro, os boletins médicos passaram a descrever a situação como “complexa”, depois da bronquite que o levou ao hospital evoluir para uma infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral — quando a doença afeta os dois pulmões. Os novos diagnósticos levaram a uma alteração nos tratamentos.
Autoridades do Vaticano reiteraram que a condição não é crítica e que não há previsão de alta. O prognóstico continua reservado.
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