14 de março de 2025

Ex-chefe do Xbox encorajou guerra de consoles contra a PlayStation: ‘apoiei a briga’

O termo “guerra de consoles” já serviu como pauta para inúmeras discussões acaloradas nas redes ao longo dos últimos anos. Atualmente, vemos poucos casos como esse, mas por um tempo o ex-chefe do Xbox, Peter Moore, disse que a briga entre Xbox e PlayStation foi “saudável para a indústria”. Agora, segundo o executivo, as coisas mudaram.

Em entrevista ao canal de Danny Peña no YouTube, Moore foi questionado sobre a estratégia atual do Xbox de lançar seus jogos originais nos consoles concorrentes — principalmente no PS5.

Segundo o executivo, a grande imprensa anteriormente “culpou os videogames por todos os males da sociedade”, mas que no início dos anos 2000 eles foram uma plataforma “fenomenal” e que fez o ramo ser levado a sério como um meio de entretenimento.

Guerra de consoles fomentava o mercado de videogames nos anos 2000

Moore entrou no time do Xbox em 2003 para torna-lo competitivo contra outros aparelhos da época, como o PS2 e o Gamecube, tendo também supervisionado o lançamento do Xbox 360 em seguida. Para ele, o conceito de “guerras de consoles” era algo bom para a indústria, porque mantinha cada lado um dos lados sob os olhos do público.

“Precisávamos fazer muito trabalho missionário naquela época, e ao mesmo tempo éramos jovens o suficiente para nos divertir, e fazer todas as coisas malucas que fazíamos, e todas as acrobacias”, ele respondeu. “Acho que as guerras de consoles às quais você está meio que aludindo foram saudáveis ??para a indústria”.

“Olha, eu já disse isso antes — certamente, eu apoiei a briga, porque acho que os jogadores adoraram ver Xbox versus PlayStation, talvez Nintendo também, e acho que isso foi uma maré crescente que levantou todos os navios”, justificou.

Segundo Moore, Microsoft largaria os consoles se pudesse

Apesar de ter fomentado a indústria com a “guerra de consoles”, Moore enfatizou na entrevista que atualmente o cenário é bem diferente de alguns anos atrás. Na verdade, ele acredita até que a empresa teria vontade de largar os consoles de vez.

Segundo o executivo, embora a Microsoft continue fabricando Xbox, ele acha que a empresa largaria o ramo dos consoles e se concentraria em lançar apenas jogos se pudesse — mas isso só não acontece porque ainda há um publico fiel por trás dos aparelhos.

“Se a Microsoft tivesse escolha, eles fariam hardware? Não”, sugeriu o ex-chefe do Xbox. “Eles ficariam encantados se pudessem ser uma entidade multicentenária de bilhões de dólares entregando conteúdo diretamente para sua televisão, para qualquer monitor que você escolher para jogar? Pode apostar”.

“Você sabe, no modelo clássico da Netflix, você apenas seleciona o quer ver, sem latência e sem lag, você está dentro, e não precisa haver uma caixa entre você e seu controle e a TV. Mas ainda assim, você sabe, as pessoas amam os consoles”, continuou.

Moore acrescentou que, embora entenda que a intenção da Microsoft não é mais se envolver em guerras de consoles, ele diz que sente que parte da “agressividade” desapareceu da indústria.

Abordagem multiplataformas da Microsoft vem rendendo ótimos números

Após inúmeros rumores e discussões no ano passado, Phil Spencer, chefe da Microsoft Gaming, confirmou que quatro exclusivos do Xbox chegariam ao PS5 e Nintendo Switch ao longo de 2024 — sendo Hi-Fi Rush e Sea of Thieves alguns deles.

Bem, essa estratégia pavimentou o caminho para que mais jogos exclusivos do Xbox chegassem aos consoles concorrentes — e a recepção foi muito boa, inclusive.

Segundo a empresa de dados Ampere, os jogadores gastaram mais de US$ 465 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões) em jogos da Microsoft em dezembro do ano passado — tornando a empresa a maior publisher de games do mundo tanto no Xbox quanto no PC e no próprio PlayStation.

Além disso, mais de 60% da arrecadação com vendas de jogos do Xbox veio de jogadores de PlayStation — com os números sendo fortemente impulsionados por Call of Duty Black Ops 6.

Bom, é seguro afirmar que a Microsoft caminha a passos largos para se tornar uma das (senão a maior) publisher de games do mundo. O que você acha dessa abordagem? Comente nas redes sociais do Voxel!

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